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Conselho Municipal de Saúde realiza plenária sobre saúde da população negra em Londrina neste sábado (15)

14 de fevereiro de 2025
em LONDRINA, SAÚDE, Últimas Notícias
Conselho Municipal de Saúde realiza plenária sobre saúde da população negra em Londrina neste sábado (15)

Evento também busca incentivar a diversidade nos espaços em que a população negra acessa os serviços de saúde - Foto: Agência Brasil

Evento busca debater os impactos do racismo no acesso à saúde e planejar ações que garantam a equidade

Neste sábado (15), das 12h30 às 17h30, o Conselho Municipal de Saúde promove a “Plenária da Saúde Integral da População Negra: Reconhecer, Desconstruir Mitos e Incluir”.

A atividade, que acontece no Anfiteatro Cyro Grossi, o “Pinicão”, localizado no CCB (Centro de Ciências Biológicas) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) é uma idealização do Grupo de Trabalho da Saúde da População Negra e conta com o apoio da Aneps – Paraná (Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde) e PET-Saúde (Projeto de Educação pelo Trabalho para a Saúde – Equidade Londrina).

Gilson Luiz Pereira Filho, técnico de enfermagem, membro da diretoria estadual do SindSaúde-PR (Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores do Serviço Público da Saúde e da Previdência do Estado do Paraná) e um dos fundadores do Grupo de Trabalho da Saúde da População Negra, pontua que a necessidade de realizar evento foi levantada durante a Conferência Municipal de Saúde de 2024.

De acordo com a liderança, naquele foi momento, foi constatada a urgência de discutir as dificuldades que negras e negros enfrentam no acesso aos serviços de saúde.

“Precisamos dar voz e escutar o que a população negra necessita no seu atendimento, o que falta, quais são os limites, o que dificulta o acesso e quais procedimentos são feitos no atendimento que não colaboram e não dão conta das especificidades desta população. O tratamento precisa ser mais rigoroso. Doenças cardiovasculares que são uma das que mais acometem a população negra são o maior número de óbitos no nosso país, então, é preciso um olhar específico para essa população”, indica.

Outra demanda é incentivar a diversidade nos espaços em que a população negra acessa os serviços de saúde.

“Tentar abarcar todo processo histórico de dificuldade a acesso de serviços públicos, ao trabalho, a dignidade e sobrevivência da população negra. É a gente admitir que vivemos em uma sociedade com práticas e atitudes racistas e que isso também está permeado nas instituições de saúde e políticas públicas”, acrescenta.

Ainda, Gilson compartilha que o evento debaterá propostas que venham subsidiar a implementação da PNAIPN (Política Nacional de Saúde Integral da População Negra) no município. 

Criado em 2009, A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra surge como uma resposta do Ministério da Saúde às desigualdades em saúde que acometem esta população, reconhecendo que estas disparidades estão atreladas a condições de classe, índices de escolarização, inserção no mercado de trabalho que, por sua vez, também são perpassadas pelo racismo e, portanto, excludentes.

“A Política Nacional da Saúde Integral da População Negra tenta dar conta de algumas lacunas e inadequações do tratamento, no acesso e da própria promoção de saúde das pessoas negras, mas é ainda é insuficiente, porque o plano nacional não foi implementado em diversas regionais de saúde, inclusive, na nossa, que não tem ações afirmativas neste sentido”, observa.

“Reconhecer essas diversidades e especificidades da população negra é também reconhecer que precisamos avançar enquanto sociedade, no respeito e no tratamento com equidade à essa população”, reforça.

Laurito Porto Lira, diretor de Formação do Sindicato dos Bancários de Londrina e Região e também um dos idealizadores do Grupo de Trabalho da Saúde da População Negra, salienta que as discussões também devem impactar a construção dos Planos Anuais e Plurianuais de Saúde de Londrina. 

As intenções são compreender as consequências do racismo no atendimento, planejar ações que visem romper com as desigualdades, melhorando a qualidade de vida desta parcela da população que constitui aproximadamente 26% dos londrinenses, segundos dados IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“O relatório final será encaminhado para o Conselho Municipal de Saúde para que possamos debatê-lo e buscar incluir no Plano Anual de Saúde e no Plano Plurianual de Saúde as propostas que auxiliaram na implantação e implementação da PNSIPN e melhorar o acesso ao SUS da população negra da cidade de Londrina”, assinala.

Ainda, de acordo com o sindicalista, o documento deverá ser enviado para a Secretária Municipal de Saúde, 24ª Promotoria do Ministério Público do Paraná e demais entidades que atuam na defesa no SUS (Sistema Único de Saúde) no estado.

“Reconhecer, Desconstruir Mitos e Incluir”

Gilson explica mote do evento “Reconhecer, Desconstruir Mitos e Incluir”. Ele evidencia a necessidade de reconhecer o legado da população negra na formação da sociedade brasileira bem como na atual dinâmica de organização do trabalho, por exemplo, segmento em que as mulheres negras ocupam a base da pirâmide social, com os menores salários entre todas as demais parcelas da população.

“Reconhecer que esta população existe, o seu valor na sociedade, como parte importante na constituição da sociedade brasileira, mas também reconhecer que ainda existem muitas dores e desigualdades que são perpetuadas pelo racismo estrutural em nosso país”, ressalta.

De maneira concomitantemente, explicita a liderança, é fundamental desconstruir estigmas que ainda permeiam os cuidados em saúde de pessoas negras.

“Historicamente foi difundido o mito de que pessoas negras tem um limiar de dor maior, isso é um traço do colonialismo brasileiro, do racismo estrutural, a qual o corpo e a pessoa negra eram tratados de forma animalesca, o que os colocam nesta situação de exposição a dor e o manejo insuficiente de analgésicos, isso é algo que acontece com muita frequência, principalmente, nos tratamentos ginecológicos”, exemplifica.

Gilson também chama atenção para a importância da escuta da população negra a fim de orientar os profissionais de saúde.

“Como a atenção primária, as equipes da Saúde da Família, precisam agir, monitorar e fazer um diagnóstico. Usar dados epidemiológicos para que a gente possa planejar e propor ações efetivas. A saúde publica é de direito de todos, mas nós sabemos que quando as pessoas não são consideradas ou quando não há números, as atitudes são insuficientes, então, uma maneira de incluir é intensificar o preenchimento do campo raça/cor na hora de fazer cadastros em todos os estabelecimentos de saúde de Londrina. Essa é uma forma de levantar dados sobre essa população para promover coletivamente ações afirmativas”, reflete.

Programação

Laurito pontua que o evento contará com uma mística inicial, seguida de uma palestra que irá introduzir o tema da saúde da população negra. Em um terceiro momento, acontecerá o debate das propostas, que devem contemplar três eixos: reconhecimento dos problemas e necessidades enfrentados pela população negra no acesso à saúde, desconstrução de mitos e o combate ao racismo estrutural e estratégias que incluam a população negra nas políticas públicas em saúde no município de Londrina. 

“Esperamos ter um bom número de participantes e fazer um debate profundo, construindo propostas que nos traga uma imagem da atual situação enfrentada pela população negra em Londrina para acessar serviços de saúde e que esse grupo presente na plenária construa propostas que ajudem no combate ao racismo estrutural presente na saúde e que as propostas ajudem a iniciar um movimento capaz de no médio prazo implantar a PNSIPN em Londrina”, compartilha.

Levantamento realizado pelo IMDS (Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social) e pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) identificou que, no país, a população negra tem uma expectativa de vida menor do que a da branca devido às condições de vulnerabilidade a que são submetidas.

Com base no mapeamento, na década entre 2000 e 2009, as mulheres brancas viveram, em média, 76,6 anos, enquanto as negras viveram 72,5 anos. No caso dos homens, a diferença é ainda maior: 70,4 para os brancos ante 65,2 para os negros. 

Na década seguinte, a expectativa de vida aumentou para as mulheres de ambas as raças e a diferença permaneceu praticamente inalterada, com 80 anos para as brancas e 76 para as negras. 

Enquanto isso, o quadro piorou para os homens negros: a diferença entre eles e os brancos foi para 5,9 anos, com cada um chegando 74,5 e 68,6 anos, respectivamente. 

“A maioria da população brasileira é negra vive em situação periférica, a margem da sociedade, com grandes dificuldades, o que aumenta o índice de incidência de doenças e de complicações no tratamento e promoção de saúde”, alerta Gilson.

Racismo tira, em média, seis anos de vida de negras e negros no Brasil, aponta estudo
Foto: Agência Brasil

Grupo de Trabalho da Saúde da População Negra

Conforme informado pelo Portal Verdade, criação do Grupo de Trabalho da Saúde da População Negra no Conselho Municipal de Saúde de Londrina marca um passo importante no combate ao racismo que permeia a sociedade brasileira e impacta diretamente a oferta de políticas públicas.

A iniciativa é fruto de articulações de membros do Coletivo de Sindicatos de Londrina e Região. Até a criação da frente, nenhuma ação voltada à aplicação do Programa Nacional de Saúde Integral da População Negra havia sido implementada em Londrina (relembre aqui).

“Londrina nos últimos anos tem tentado invisibilizar a existência da população negra na cidade, prova disso foi o fim do carnaval de rua na cidade e o desfile de escolas de samba. Esse evento vem mostrar para a cidade que a população negra esta presente na cidade de Londrina e que os gestores precisam olhar para ela e implementar as políticas públicas necessárias para essa população, trazendo mais dignidade, empatia, acolhimento e melhores condições de vida”, adverte Laurito.

“Convidamos toda a sociedade londrinense para participar deste debate, construir coletivamente as propostas. O debate da saúde da população negra é de todos, precisamos construir de maneira conjunta, dialogando com a população negra e com toda a população paralelamente”, ratifica Gilson.

Arte: Divulgação
Franciele Rodrigues
+ postsBio

Jornalista e cientista social. Atualmente, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Tem desenvolvido pesquisas sobre gênero, religião e pensamento decolonial. É uma das criadoras do "O que elas pensam?", um podcast sobre política na perspectiva de mulheres.

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