A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) realiza esta semana, de 7 a 11 de abril, o 4º Ocupa Brasília. A atividade, que tem a participação de representações dos sindicatos filiados, tem uma agenda com autoridades dos três poderes para tratar de cinco pautas da categoria: PEC do Diploma, Pejotização, Violência contra Jornalistas, Taxação das Big Techs e Piso Salarial Nacional.
O 4º Ocupa Brasília acontece na semana em que comemoramos o Dia do Jornalista (7 de abril) de maneira planejada. Foi convocada exatamente para este período, quando muitos votos de parabéns à categoria são manifestados, a fim de usar a visibilidade da efeméride e exigir respeito ao trabalho dos profissionais de imprensa e mais dignidade à profissão.
“Assistimos, com o silêncio do STF e demais poderes, à banalização do Jornalismo, com concessão de registros profissionais a jovens de 18 anos, a cidadãos que não dominam os códigos da leitura e escrita ou ainda a pessoas que nunca passaram por uma redação ou assessoria, mas que buscam o acesso à profissão para outros objetivos, muitas vezes escusos”, afirma o primeiro secretário da FENAJ e presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Moacy Neves.
Não bastasse isso, o cotidiano do trabalho é desafiador. “Enfrentamos baixos salários, condições de trabalho adversas, assédios, muitos casos de adoecimento, avanço da pejotização fraudulenta e exposição a ameaças, agressões físicas e cancelamentos virtuais”, completa a presidenta da Federação, Samira de Castro.

Jornalistas de vários estados estão no 4º Ocupa Brasília; entre os temas, a PEC do Diploma (Foto:FENAJ e Sindicatos de jornalistas)
Para a FENAJ, o Jornalismo, como consciência crítica numa sociedade democrática, exige profissionalismo, qualificação e remuneração condizente com a função. “No Dia do Jornalista, a categoria fica feliz com os parabéns. Porém, a maior homenagem que um jornalista pode receber na passagem do 7 de abril é ter os direitos respeitados e poder trabalhar com dignidade”, afirma a dirigente nacional.
Mudar este quadro exige mobilização dos jornalistas. “A semana de atividades em Brasília levanta nossa bandeira nos fóruns nacionais de decisões. Em nível estadual, convocamos os colegas a se juntarem aos Sindicatos, filiando-se e fortalecendo a entidade para mudarmos realidades locais. Temos diversos exemplos de vitórias conquistadas com luta e unidade. É repetir e efetivar”, pontua Moacy Neves.
Paraná em Brasília
Os jornalistas paranaenses estão representados por dois jornalistas do SindijorPR, que junto com o Sindijor Norte PR soma esforços em defesa da categoria. Dary Júnior, secretário de Cultura, e Márcia Raquel, diretora executiva do Sindijor, estão em Brasília desde segunda-feira (7). Esta é a primeira vez que a diretoria do Norte do Paraná não participa diretamente das ações.
“Jornalistas estão fazendo a sua parte pela valorização da profissão, mas desta vez não tínhamos o financeiro para a viagem. O sindicato precisa de apoio financeiro para continuar lutando em prol da profissão. Jornalistas de Maringá, Londrina e outras regiões do Norte do Paraná precisam se unir ao sindicato, se filiando, para que possamos participar de novas discussões em nome da categoria”, afirma Ricardo Andretto Fonseca, Secretário Geral do Sindijor Norte PR.
Apesar da ausência do Sindijor Norte PR, um jornalista de Maringá, Luis Cláudio, se uniu voluntariamente em uma ação da FENAJ e sindicatos filiados na manhã desta terça-feira (8), na Câmara dos Deputados. Luis Cláudio já integrou a diretoria do Sindicato em outras gestões e atualmente é o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar).
Fonte: FENAJ, com adições do Sindijor Norte PR