Para as religiões de matriz africana, saúde abrange o bem-estar físico, mental e espiritual
No último mês de maio, o terreiro Axé Raízes: Ponto de Cultura Afro-Brasileira em parceria com o PET (Programa de Educação Tutorial) – Saúde vinculado à UEL (Universidade Estadual de Londrina), promoveram a palestra “Práticas integrativas de saúde nos terreiros.”
O evento teve como objetivo difundir os saberes de matriz africana, especialmente, entre trabalhadores da saúde.
Participaram da atividade, alunos e professores da UEL, além de membros da Casa. A importância do acolhimento espiritual, prevenção de doenças, uso de plantas medicinais e terapias energéticas como Reiki, foram alguns dos temas discutidos.
Silvana Rodrigues Quintilhano, agente cultural, e uma das lideranças do Axé Raízes, destaca a importância de construir pontes entre os saberes ancestrais e a saúde pública.
“Acolhemos prontamente o convite, reafirmando nosso compromisso com a promoção do cuidado integral, o respeito à diversidade religiosa e a valorização das Práticas integrativas e complementares em saúde nos contextos dos terreiros”, pontua.
Segundo Silvana, o encontro atendeu as expectativas, uma vez que proporcionou um ambiente de escuta e diálogo, contribuindo para a formação crítica dos estudantes e o combate à intolerância religiosa.
“O encontro reafirmou a importância de reconhecer os terreiros como espaços legítimos de cuidado e promoção da saúde integral, fortalecendo vínculos entre universidade e comunidades tradicionais. Para o terreiro, a experiência foi significativa por evidenciar o interesse acadêmico pelas práticas integrativas e pelo respeito às tradições de matriz africana, o que representa um avanço no enfrentamento da intolerância religiosa e na valorização da diversidade epistêmica”, avalia.
Ainda de acordo com ela, ao final do encontro foram estabelecidas outras parcerias entre o terreiro e o PET Saúde visando a realização de rodas de conversa, entre outras novas ações extensionistas voltadas à promoção da saúde integral e à valorização dos saberes tradicionais de matriz africana.
Matéria da estagiária Luana Farias sob supervisão.