Atividades são gratuitas e acontecem durante todo o mês de novembro. É necessário se inscrever previamente
Nesta quinta-feira (6), a partir das 19h no Espaço Villa Rica, ocorre o lançamento do Novembro Negro 2025 idealizado pelo NEABI (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) Conceição Evaristo da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal) – câmpus Londrina.
De acordo com Silvana Rodrigues Quintilhano, docente na Instituição e coordenadora do NEABI, o Novembro Negro é um marco pedagógico, político e histórico, que tem como intenção visibilizar o protagonismo da população negra na produção científica, cultural, artística, tecnológica, entre outras áreas do conhecimento.
“Reafirmar que a luta contra o racismo é compromisso institucional e público. Lançar essa programação é afirmar que a universidade também é lugar de combate às desigualdades e de reafirmação da cidadania negra”, diz.
Neste ano, o evento parte do tema geral “Letramento racial como prática de resistência”. Segundo a professora, a escolha tem como motivação aprofundar o debate, promovendo uma educação antirracista e reafirmando o compromisso da universidade com a diversidade, a equidade e os direitos humanos.
“Letramento racial implica uma prática crítica de leitura do mundo, da história e das relações sociais, capaz de produzir consciência política e resistência ao racismo. É um dispositivo formativo que ultrapassa a informação: ele cria posição ética e engajamento”, assinala.
Ao longo de todo mês de novembro serão realizadas atividades formativas na UTFPR Londrina e em outros espaços da cidade. A programação contempla rodas de conversa, exibição de filmes, palestra, entre outras ações (confira aqui).
As atividades são gratuitas e será emitido certificado para os participantes. Os interessados devem se inscrever previamente através de formulário disponível aqui.
“Esperamos ampliar a consciência antirracista na comunidade universitária, fortalecer conexões com a sociedade civil e consolidar o NEABI como referência na produção de conhecimento e políticas de enfrentamento ao racismo. Nossa expectativa é que este Novembro Negro contribua para processos formativos efetivos e continuados”, reforça Quintilhano.


Franciele Rodrigues
Jornalista e cientista social. Atualmente, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Tem desenvolvido pesquisas sobre gênero, religião e pensamento decolonial. É uma das criadoras do "O que elas pensam?", um podcast sobre política na perspectiva de mulheres.












