Itaipu Itaipu Itaipu
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
19°C
Londrina, PR
Portal Verdade
  • Trabalho
  • Política
  • Economia
  • Cidade
  • Colunistas
  • Educação
  • Cultura
  • Mundo
  • Saúde
  • Podcasts
  • Vídeos
  • Trabalho
  • Política
  • Economia
  • Cidade
  • Colunistas
  • Educação
  • Cultura
  • Mundo
  • Saúde
  • Podcasts
  • Vídeos
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Portal Verdade
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home TRABALHO

“O MEI não pode ser usado para a fragilização das relações de trabalho”

2 de julho de 2025
em TRABALHO, Últimas Notícias
“O MEI não pode ser usado para a fragilização das relações de trabalho”

Foto: Reprodução

Evento do Instituto Trabalho e Transformação Social (ITTS) debateu a precarização das relações de trabalho no Brasil

O Instituto Trabalho e Transformação Social (ITTS) promoveu, nesta segunda-feira (30), o painel “Trabalho Pejotizado e Terceirização: a quintessência da exploração e a arquitetura de resistências”, com o objetivo de debater a crescente precarização das relações de trabalho no Brasil. A atividade, articulada com o Pacto Tripartite pela Mitigação de Práticas Degradantes, Desleais e Nocivas de Terceirização e com a Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET), reuniu especialistas na área.

Com mediação da técnica do Dieese e consultora do ITTS, Lúcia Garcia, o encontro contou com a participação da procuradora do Ministério Público do Trabalho no RS, Priscila Dibi Schwarcz, do técnico do Dieese e diretor da ABET, Alisson Droppa, e do advogado e coordenador do ITTS, Antônio Castro.

No primeiro painel, a procuradora Priscila Schwarcz abordou o uso crescente do modelo de Microempreendedor Individual (MEI) em substituição ao trabalho com carteira assinada. De acordo com dados do IBGE, o número de MEIs no país passou de 1,5 milhão entre 2021 e 2022 para 16,2 milhões em 2025.

Entretanto, ela questiona quem são essas pessoas que os registros de trabalho apontam como empreendedores. Como a procuradora explica, o MEI, teoricamente, é um empreendedor autônomo que assume riscos e define preços e formas de prestação de serviço. No entanto, muitas vezes, a relação se assemelha a um contrato de trabalho formal disfarçado, com subordinação e perda de direitos trabalhistas como férias, FGTS e hora-extra.

“O MEI não pode ser usado para a fragilização das relações do trabalho. Quando o MEI foi criado, o objetivo era formalizar empreendimentos e fazer uma política de inclusão social e previdenciária”, aponta.

Schwarcz também destacou a importância do julgamento do Tema 1389 no Supremo Tribunal Federal (STF), que discute a licitude da contratação de pessoas jurídicas ou autônomos em substituição ao vínculo empregatício formal. Segundo ela, a decisão poderá impactar diretamente a legislação trabalhista brasileira e a rede de proteção social.

“Se o empregador quiser contratar empregados, ele vai contratar. Neste caso, ele tem que cumprir a CLT. Agora, caso ele não queira, porque tem a livre iniciativa, livre concorrência, liberdade de organização da empresa, contrata como MEI, como PJ e pela simples forma deste contrato, afasta toda a incidência da legislação trabalhista”, explica.

O advogado Antônio Castro reforçou a preocupação com os efeitos dessas práticas sobre a previdência social e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), alertando para a consequente perda de capacidade do Estado em executar políticas sociais. Para ele, o julgamento do STF representa um ataque direto ao direito do trabalho. “Se acabar o princípio da primazia da realidade, acaba o direito do trabalho. Isso destrói a Justiça do Trabalho e coloca em risco o próprio Estado Social”, afirmou.

Castro ainda reforça sobre o impacto da situação em todo o país: “O país vai quebrar. Para enriquecer meia dúzia, o custo é o país quebrado, não é essa. Tem uma meia dúzia que vai ficar mais rica do que nunca, mas o custo é o país, a previdência, o fundo de garantia, com todo o custo social que isso pode ter”, aponta.

Em sua exposição, o técnico do Dieese e diretor da ABET, Alisson Droppa, apresentou um panorama histórico da terceirização no Brasil e sua conceitualização. . “Quando está presente um terceiro na relação empregado e empregador é terceirização. Independente do formato que ela ocorre. Independente se é um MEI que é contratado, independente se é uma pessoa física ou se é um PJ. Quando há essa interferência, é terceirização”, pontuou.

Ele realiza uma comparação sobre a terceirização na Justiça de Trabalho brasileira e Argentina. No Brasil, antes de 2017, não havia regulamentação específica para terceirização, exceto para trabalho temporário e serviços de limpeza e vigilância. A regulamentação se deu através de enunciados e súmulas do TST, posteriormente com a lei da terceirização e a reforma trabalhista. A Argentina, em contraste, iniciou o debate sobre o tema muito antes, com a primeiro formato de regulamentação instaurado em 1974.

No entanto, segundo ele, o governo de Javier Milei tem revertido esse cenário, descredibilizando a justiça trabalhista. Diante das mudanças em curso no país vizinho, o diretor da ABET observa que o cenário atual apresenta semelhanças com o que foi construído no Brasil, culminando na reforma trabalhista e em outras medidas implementadas durante o governo Bolsonaro.

Encerrando o evento, Antônio Castro destacou a importância da resistência popular frente aos ataques ao Estado Democrático de Direito e à proteção social. “É surpreendente a resiliência do Estado Social no Brasil. Resistimos à reforma trabalhista, às tentativas de destruir o sistema presidencialista, às investidas para enfraquecer o país. Essa resistência popular precisa ser reconhecida e fortalecida”, disse.

Fonte: CUT

Compartilhe esta matéria:

  • Publicar
  • Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp
  • Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela) E-mail

Curtir isso:

Curtir Carregando...
Tags: ITTSMEIPejotização
Publicação anterior

MTE prepara a II Conferência Nacional do Trabalho

Próxima Publicação

Jornada contra reforma administrativa sofre alteração na programação. Confira

Outras Publicações

Tornado causa destruição e deixa ao menos seis mortos no interior do Paraná
PARANÁ

Tornado causa destruição e deixa ao menos seis mortos no interior do Paraná

8 de novembro de 2025
Caravana realiza na UEL encontro sobre políticas culturais neste sábado
CULTURA

Caravana realiza na UEL encontro sobre políticas culturais neste sábado

8 de novembro de 2025
Entenda os próximos passos do processo contra Bolsonaro no STF
POLÍTICA

Entenda os próximos passos do processo contra Bolsonaro no STF

8 de novembro de 2025
Veja como votaram deputados do Paraná sobre projeto que dificulta aborto legal para meninas
POLÍTICA

Veja como votaram deputados do Paraná sobre projeto que dificulta aborto legal para meninas

7 de novembro de 2025
Recurso anunciado por Tiago Amaral para assistência social, não reverte a extinção de programas, alerta Coletivo
LONDRINA

Recurso anunciado por Tiago Amaral para assistência social, não reverte a extinção de programas, alerta Coletivo

7 de novembro de 2025
Mães enfrentam dificuldades para obter remédios no Caps infantil de Londrina
LONDRINA

Mães enfrentam dificuldades para obter remédios no Caps infantil de Londrina

7 de novembro de 2025
Próxima Publicação
Jornada contra reforma administrativa sofre alteração na programação. Confira

Jornada contra reforma administrativa sofre alteração na programação. Confira

STF decide que estado deve responder por danos às vítimas do 29 Abril de 2015

STF decide que estado deve responder por danos às vítimas do 29 Abril de 2015

LINK AQUI

Verdade Pod #05
COM A COMISSÃO DA VERDADE UEL

Da Semana

Tornado causa destruição e deixa ao menos seis mortos no interior do Paraná

Tornado causa destruição e deixa ao menos seis mortos no interior do Paraná

8 de novembro de 2025
Caravana realiza na UEL encontro sobre políticas culturais neste sábado

Caravana realiza na UEL encontro sobre políticas culturais neste sábado

8 de novembro de 2025
  • Home
  • Quem Somos
  • Fale Conosco
  • Sindicatos Parceiros

© 2024 Portal Verdade. Todos os direitos reservados.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Trabalho
  • Política
  • Economia
  • Cidade
  • Colunistas
  • Educação
  • Cultura
  • Mundo
  • Saúde
  • Podcasts
  • Vídeos

© 2024 Portal Verdade. Todos os direitos reservados.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

%d