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Paraná: Docentes das universidades estaduais permanecem na luta pela aprovação do plano de carreira

Expectativa é que a contraproposta chegue à ALEP nesta segunda-feira (27)

Nesta quinta-feira (23), o Sindiprol/Aduel compartilhou nota do do Comando de Mobilização Docente das Universidades Estaduais do Paraná. O documento pontua que representantes da UEL (Universidade Estadual de Londrina); Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná); Unespar (Universidade Estadual do Paraná); UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná); UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa) e UEM (Universidade Estadual de Maringá) participaram de reunião na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) na última quarta-feira (22) para tratar do andamento do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários).

De acordo com o informativo, os integrantes reforçaram junto a parlamentares governistas e de oposição a importância da celeridade na aprovação da contraproposta que já se arrasta há sete meses (acompanhe nota na íntegra, disponível aqui). No último dia 13 de novembro, docentes da UEL retomaram suas atividades, suspendendo a greve iniciada em 30 de outubro. A decisão foi deliberada em assembleia realizada na sexta-feira anterior, dia 10, com a condição de manutenção do estado de greve até a aprovação do novo PCCS.

Professores da UEM também deliberaram pela suspensão da greve no dia 14, alinhando-se às decisões sindicais de outras quatro universidades estaduais do Paraná: Unioeste, UEPG, UENP e Unespar. As assembleias docentes também permitiram a transição do Comando Estadual de Greve para um grupo de mobilização, cujo objetivo é pressionar pela aprovação PCCS da categoria.

Em entrevista concedida ao programa Aroeira, o presidente do Sindiprol/Aduel, César Bessa, pontuou que neste momento o indicativo era de que o PCCS estava na Casa Civil para avaliação da Comissão de Política Salarial.

“Nós nos dirigimos para a Assembleia Legislativa estabelecendo um diálogo em relação a pontos que foram destacados pelas assembleias docentes, entregamos um material escrito para os deputados e tivemos, de certa forma, a felicidade de encaminhar este documento em mãos, de forma dialogada, com os respectivos presidentes das três comissões que deve correr o projeto de lei, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o deputado Tiago Amaral, também tivemos uma conversa com o presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que é o deputado Fábio Oliveira e também com o presidente da Comissão de Finanças e Tributação cuja responsabilidade fica a cargo do deputado Márcio Pacheco. A conversa foi sempre no sentido de que quando chegasse o projeto de lei junto a Assembleia Legislativa, que ele corresse de forma célere”, indica.

“A gente contra com o apoio, a contribuição especial do deputado Hussein Bakri que é líder do governo e tem o poder de fazer com que o projeto de lei corra em regime de urgência. A garantia deste procedimento é o que mais chama atenção, seria uma forma de tentar garantir a viabilidade, inclusive, na folha de pagamento do mês de dezembro, contando já com 1/12 avos do 13º salário em face da majoração do adicional de titulação para os docentes”, continua a liderança.

Conforme abordado pelo Portal Verdade, mesmo com a suspensão da greve, há inconformismo da categoria com a proposta abaixo do que foi inicialmente apresentada (relembre aqui). Embora a atual proposta do governo Ratinho Júnior (PSD) destaque aumentos nos adicionais de titulação – de 80% para 105% para doutores, de 50% para 60% para mestres e de 25% para 30% para especialistas – as reposições salariais de 4%, 6,67% e 13,89%, permanecem abaixo do déficit enfrentado pelo professorado (42%).

A contraproposta ainda não foi encaminhada à Assembleia Legislativa do Paraná. A expectativa é que o plano chegue a Casa nesta segunda-feira (27).

“Ficamos sabendo que na manhã desta quinta-feira, houve uma reunião do secretário da SETI [Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior] com o secretário da Casa Civil, onde foram finalizados os detalhes e nos informaram por consequência que o projeto de lei deve ser encaminhado definitivamente no dia 27 de novembro para a Assembleia Legislativa. Nós vamos ficar aguardando e se possível estaremos presentes na Assembleia Legislativa para acompanhar esta tramitação e reforçar o caráter de urgência”, finaliza Bessa.

*Com a colaboração da estagiária Victoria Luiza Menegon.

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Franciele Rodrigues
Jornalista e cientista social. Atualmente, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Tem desenvolvido pesquisas sobre gênero, religião e pensamento decolonial. É uma das criadoras do "O que elas pensam?", um podcast sobre política na perspectiva de mulheres.
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