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Representantes da APIESP se reúnem com SETI para discutir plano de carreira dos agentes universitários

Já as negociações sobre o plano de carreira docente estão suspensas. Entidade busca reunião junto ao governo para que avaliação seja retomada

Na última terça-feira (23) integrantes da Associação Paranaense de Instituições de Ensino Superior Público (APIESP) se reuniram com o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona. De acordo com a reitora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), professora Marta Favaro, o encontro teve como finalidade discutir a tramitação do plano de carreira dos agentes universitários.

“O professor Aldo e sua equipe informaram que a tramitação dos planos de carreira dos agentes universitários estava seguindo seu curso regular e estaria nas últimas instâncias de avaliação técnica para posterior apresentação às instâncias que fazem a avaliação política”, pontua.

Além dela, estiveram na reunião representantes (reitores, vice-reitores e pró-reitores de Recursos Humanos) das outras seis universidades estaduais do Paraná. Ainda, segundo Favaro a expectativa é que o plano caminhe com celeridade, chegando a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) para apreciação dos deputados.

“O que se espera agora é que de fato o plano de carreira dos agentes universitários feche o ciclo de avaliação técnica e seja o mais rapidamente apresentado para avaliação da ALEP e a gente consiga sucesso. Quando eu digo nós consigamos sucesso é o grupo de trabalho que foi instituído com representação de todas as categorias”, observa.

O documento foi elaborado por um grupo de trabalho constituído por pró-reitores de Recursos Humanos das sete universidades estaduais e representantes sindicais. No dia 10 de abril, foi apresentado a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e, no dia seguinte, ao Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paranaenses (CRUEP) que acatou a proposta e a encaminhou ao Palácio do Iguaçu.

Proposições

Entre os problemas identificados pelo coletivo está a baixa atratividade da carreira técnica universitária, visto que os pagamentos estão entre os mais baixos do estado, quando comparados a outras profissões. Segundo o relatório (disponível aqui) o levantamento está baseado na Lei nº 21.367, que aprovou o novo modelo de plano de carreira para o Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE) e contempla os seguimentos elementos:

Foram mantidos os três cargos, com as seguintes nomenclaturas: Agente Universitário Profissional (nível superior); Agente Universitário de Execução (nível médio); e Agente Universitário Operacional, extinto ao vagar (nível fundamental);

Alteração na estrutura da carreira, onde a proposta prevê que cada cargo terá linha única, composta por 24 referências (classes), sendo que cada referência, hoje denominada de “nível”, passa a ser uma “classe”;

O Desenvolvimento Funcional ocorrerá, exclusivamente, por meio de Promoção (conforme modelo QPPE);

Auxílio-alimentação no valor de R$ 600 com previsão de pagamento na forma de Lei nº 20.937.

Carreira docente

Ainda, de acordo com nota divulgada pela APIESP, durante o encontro foi informado que a tramitação do plano de carreira docente está suspenso mediante à deflagração de greve. “Houve suspensão da avaliação do plano de carreira docente e em função desta informação nós solicitamos ao professor Aldo [Bona] que fizesse uma representação junto ao governo para que a APIESP pudesse abrir um canal de comunicação para que se restabeleça a discussão e avaliação”, conta a reitora.



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Franciele Rodrigues
Jornalista e cientista social. Atualmente, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Tem desenvolvido pesquisas sobre gênero, religião e pensamento decolonial. É uma das criadoras do "O que elas pensam?", um podcast sobre política na perspectiva de mulheres.
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Jornalista e cientista social. Atualmente, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Tem desenvolvido pesquisas sobre gênero, religião e pensamento decolonial. É uma das criadoras do "O que elas pensam?", um podcast sobre política na perspectiva de mulheres.

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