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Coletivos lançam manifesto contra a violência policial no Paraná; saiba como apoiar

As forças de segurança pública do Paraná assassinaram 156 pessoas no estado no primeiro semestre de 2023. Dentre as vítimas, mais de 54% eram pretas ou pardas e mais de 62% tinham abaixo de 29 anos. Os dados foram divulgados na semana passada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público.

Os números mostram que o alvo da violência policial é sempre o mesmo: jovens negros, periféricos, que já são vítimas da ausência e negligência do Estado, que não garante o mínimo necessário para sua sobrevivência digna.

A quantidade de mortes causadas pelas polícias, no entanto, caiu 37% em relação ao primeiro semestre de 2022. Essa queda só foi possível porque familiares das vítimas da brutalidade policial tem se organizado cada vez mais e travam uma luta constante de denúncia e publicização da violência praticada cotidianamente nas periferias. Quando se movimentam, quando vão às ruas, esses familiares não estão apenas buscando por justiça para seus casos individuais, mas também para que nenhum outro jovem seja assassinado nas mãos das forças de segurança do Estado, para que nenhuma outra família seja destruída dessa forma. A nossa luta é, sim, capaz de transformar essa sociedade!

Manifesto em apoio aos familiares

Desde o I Encontro de Enfrentamento à Violência Policial do Paraná, organizado pela Rede Nenhuma Vida a Menos, familiares de pessoas que foram vitimadas pela polícia no estado vêm sofrendo ataques desonestos por exercerem seu direito de lutar por justiça e pela memória de seus entes queridos.

As forças policiais e seus defensores, ao receberem críticas por suas práticas violentas, criaram após o evento um pânico em torno de um debate sério, na tentativa de deslegitimar um movimento importante que está comprometido em buscar o fim da brutalidade policial.

Por isso, lançamos um manifesto em apoio aos familiares e a todas as suas formas de organização, e também cobrando para que o Estado, ao invés de se preocupar em atacar movimentos sociais legítimos, se preocupe em acabar com os assassinatos cometidos pelas forças de segurança. Se você concorda com essa luta, assine nosso manifesto

Fonte: Rede Nenhuma Vida a Menos

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