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Moradores de Londrina e região se unem para ajudar a população do Rio Grande do Sul

Em meio à tragédia, a solidariedade. No momento de tristeza e luto, a possibilidade da esperança. Mesmo a mais de mil quilômetros de distância, moradores de Londrina e de cidades da região têm buscado fazer a diferença na vida da população gaúcha. O Rio Grande do Sul enfrenta a pior crise climática da história desde a semana passada, com mais 490 municípios alagados, impactando aproximadamente 1,3 milhão de pessoas, com milhares de famílias desabrigadas. Até a manhã desta terça-feira (7), 90 pessoas tinham perdido a vida como consequência da calamidade.

Voluntário na Defesa Civil de Jataizinho (Região Metropolitana de Londrina), Mateus Quimas decidiu por conta própria ir colaborar no resgate de desaparecidos. Ele saiu do Paraná na madrugada de segunda-feira (6), chegando no Rio Grande do Sul no final da noite. Nesta terça, se juntou a bombeiros do próprio estado, além do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina, no Centro de Operações de Missões no distrito de Faria Lemos, que pertence ao município de Bento Gonçalves.

“A minha estimativa de tempo (para colaboração) seria de, no mínimo, três dias. Mas avaliando a situação e vendo que vamos precisar atuar em mais de uma área afetada, acredito que será necessário ficar aqui uma semana ou até mais”, relatou. O voluntário ainda levou dezenas de donativos arrecadados com um grupo de seis amigos.

Quem não tem a possibilidade de ir até o Rio Grande do Sul também tem se colocando à disposição. A psicóloga ibiporãense Luana Mariano está divulgando nas redes sociais (@psi.luanamarianno) o atendimento gratuito e remoto para os moradores do estado. Preocupação com os danos psicológicos que o atual momento está provocando.

“Essas pessoas estão passando por momentos difíceis e enfrentando grandes perdas, tanto materiais, quanto emocionais. Não se trata apenas de uma casa, um animal ou um familiar. Vejo como afetos, futuros, lugares importantes, empregos e amores. O processo de reconstrução será muito grande, complicado e doloroso e há coisas que dinheiro nenhum poderá restaurar. Por isso, com o meu trabalho como psicóloga, pensei que poderia ajudar. Trabalhar com a estrutura emocional neste momento é muito importante”, avaliou.

‘RESSIGNIFICAÇÃO’

A profissional pretende oferecer o acompanhamento nos horários disponíveis e acredita na força da internet para que os moradores gaúchos tenham conhecimento da possibilidade deste apoio à saúde mental. “Acredito que neste momento o psicológico de todos pode estar muito abalado, tanto os atingindo diretamente como indiretamente. Ajudando dessa forma posso tentar trazer uma nova ressignificação para tudo isso. Apesar de nada no momento amenizar a dor, alguém que possa, pelo menos, dizer o que está sentindo já pode fazer um pouco de diferença”, pontuou.

O londrinense Airan Leite é a prova de que a união faz a força. Em poucos dias ele arrecadou com o primo, Rodolfo Garavello, junto a cerca de 30 amigos dinheiro suficiente para comprar quase 310 fardos de água potável. O carregamento foi entregue no CTG (Centro de Tradições Gaúchas) após orientação do Corpo de Bombeiros. “O que mais nos motiva ajudar é a empatia”, frisou. “Deus nos ensinou a amar o próximo. As vezes as pessoas não podem ajuda com dinheiro ou mantimentos, mas o simples fato de pedir a Deus para cuidar das vidas dos nossos irmãos já é um incentivo”, refletiu.


Fonte: O Bonde

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