Petição é assinada por deputados federais e pelo presidente da legenda
A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados protocolou um pedido de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã desta segunda-feira (2), no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF).
A petição foi protocolada no âmbito de uma ação que já está no STF, sobre Bolsonaro ter propagado notícias falsas a respeito das urnas eletrônicas, enaltecido a ditadura militar e estimulado um golpe de Estado no país. A Corte apura se as iniciativas do ex-presidente cooperaram para os atos antidemocráticos que se espalharam pelo país após a eleição.
“É preciso ressaltar, infelizmente, o histórico de disseminação de fake news, com intuito golpista, do ex-presidente Bolsonaro: ele, desde o início da sua Presidência, vem arquitetando o atual cenário que vivemos”, afirmam os parlamentares no corpo da ação.
Em outro trecho, os deputados federais afirmam que a postura de Bolsonaro “de atacar as instituições responsáveis pelo processo eleitoral somada a completa ausência de uma declaração dirigida a seus apoiadores reconhecendo sua derrota no pleito demonstram de maneira inconteste que Jair Messias Bolsonaro está deliberadamente mantendo sua base radicalizada ativa, o que culminou em diversos atos criminosos e terroristas ao redor do Brasil, configurando uma verdadeira organização criminosa contra a democracia.”
Na ação, os parlamentares do PSOL pedem, também, a apreensão de documentos e do passaporte de Bolsonaro, além da quebra de sigilo telemático e telefônico do ex-presidente.
O documento é assinada por Juliana Medeiros, presidente do PSOL, e Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Ivan Valente (PSOL-SP), Áurea Carolina (PSOL-MG), Glauber Braga (PSOL-RJ), Guilherme Boulos (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Luiza Erundina (PSOL-SP), Erika Hilton (PSOL-SP), Célia Xakriabá (PSOL-MG), entre outros.
EUA
Na última sexta-feira, dia 30 de dezembro de 2022, Jair Bolsonaro, ainda presidente do Brasil, abandonou o país e foi para os Estados Unidos (EUA), sem passagem ou previsão de retorno. Em seu entorno, há um temor de que ele seja alvo de um mandado de prisão expedido por Alexandre de Moraes, ministro do STF.
Entre os bolsonaristas, há também o receio de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exponha os possíveis crimes cometidos pela gestão do ex-presidente e que Bolsonaro e seus filhos se tornem um alvo fácil para a Justiça brasileira. Como parte de seus primeiros atos como presidente, Lula revogou o sigilo de 100 anos imposto por seu antecessor.
Fonte: Redação CUT