Nesta segunda-feira, Secretaria de Saúde divulgou mapa com os bairros que apresentam os maiores índices de infestação do Aedes aegypti, sendo que os mais preocupantes ficam nas zonas oeste e norte da cidade. Na UPA Sabará, busca por atendimento continua sendo recorde, com quase mil fichas abertas em 24 horas.
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nesta segunda-feira (3) que Londrina já vive uma epidemia de dengue. A cidade tem mais de 1.500 casos confirmados e uma morte pela doença em 2023. Além disso, outros 5,2 mil casos estão em investigação. O secretário de Saúde, Felippe Machado, também divulgou nas redes sociais, um mapa com os bairros da cidade que apresentam os maiores índices de infestação do mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor da doença.
Entre as localidades listadas, duas são consideradas as mais preocupantes, com os índices elevados de incidência: conjunto Chefe Newton, na zona norte, e jardim Maracanã, na região oeste da cidade. Também foram elencados bairros que apresentam incidência crescente, sendo eles Aquiles Stenghel, Vivi Xavier, Padovani e Cabo Frio, também na região norte, e jardim Guanabara, na zona sul da cidade.
O mapa traz, ainda, outras bairros que também tiveram casos confirmados de dengue na última semana, como Parigot de Souza, Maria Cecília, Campos Verdes e João Paz, na zona norte; Santiago, Santa Rita e Bandeirantes, na zona oeste; Lindoia, Marabá e Armindo Guazzi, na zona leste; e Cafezal, Ouro Branco, Piza e União da Vitória, na região sul da cidade.
Ou seja, apesar de as zonas norte e oeste apresentarem os índices mais preocupantes, já é possível dizer que os casos são generalizados e estão espalhados por toda a cidade.
E essa explosão de casos continua refletindo na rede de saúde responsável por atender os doentes. Desde a última semana os casos de dengue estão sendo atendidos de forma exclusiva na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do jardim Sabará, que tem registrado números recordes. No sábado (1º), por exemplo, quase mil fichas foram abertas. Isso nunca tinha acontecido antes. Já no domingo (2), cerca de 800 pessoas foram atendidas na unidade. Nesta segunda-feira (3), a procura continuou grande no local, que instalou tendas na parte externa para acomodar os doentes.
O repórter Marcos Garrido esteve na UPA no domingo e conversou com pessoas que esperavam por atendimento no local. O porteiro André Santos contou que começou a sentir os sintomas há cerca de três dias, e que, como o quadro piorou, resolveu ir até a unidade.
Os sintomas eram os mesmos da cunhada do operador de empilhadeira José Luiz Silva, que foi com a parente até a UPA para que ela fosse atendida. A mulher, inclusive, teve que tomar soro na veia.
O aposentado Argemiro da Silva levou a irmã até a UPA, que, segundo ele, já estava com o diagnóstico de dengue confirmado desde a semana passada.
Além da unidade exclusiva, a Secretaria de Saúde retomou a realização de mutirões de limpeza nos bairros mais problemáticos. No sábado, a ação foi realizada em bairros da zona norte. As visitas dos agentes de endemias também foram retomadas. O secretário de Saúde, Felippe Machado, lembra que, mais do que o poder público, a população precisa fazer a parte dela para prevenir o registro de novos casos.
Fonte: CBN Londrina