Incitação do Estado à militarização das escolas não prepara policiais para estarem em contato direto com crianças e adolescentes
A APP lamenta o mais recente episódio – de muitos – de agressão a estudantes dentro do espaço escolar protagonizado por um agente da segurança pública. Nossa solidariedade e apoio à vítima, seus familiares e à comunidade do Centro Estadual de Educação (CEEP), localizado no bairro Boqueirão, palco da barbárie de um Policial Militar contra um menor de idade, aluno do 1° ano.
Em vídeo que circula nas redes sociais, o PM – que atuava como caseiro da escola – espanca um adolescente após o jovem e colegas deixarem uma bola de vôlei cair no seu quintal. Em nota, o CEEP se manifestou repudiando a ação do policial e informou que a direção da escola solicitou o desligamento do permissionário.
Ao Jornal Plural, a Secretaria da Educação informou que entrou em contato com o Batalhão da Patrulha Escolar, da PM, e abriu processo disciplinar para afastar imediatamente o permissionário das atividades na instituição, até que o desligamento definitivo seja efetuado.
A APP lembra que, na primeira semana do mês, a Polícia Militar do Paraná, postou um vídeo em suas redes sociais citando funcionários(as) e ex-funcionários(as) das escolas como potenciais agressores(as), mas desconsidera a violência que os empregados de sua própria instituição protagonizam nos espaços escolares.
Reiteramos nossa posição sobre a atuação de policiais nas instituições de ensino, incluindo o programa de escolas cívico-militares: escola é para quem tem formação para educar, não para reprimir. É um espaço de formação e humanização, de acolhimento e socialização, fundamental na construção da emancipação dos estudantes enquanto cidadãos e cidadãs plenos de direitos. São valores diametralmente opostos à violência.
Lugar de policial é na rua, combatendo o crime. Escola é lugar de educador(a).
Fonte: APP-Sindicato