Atualmente, cerca de 80 veículos estão nesta situação na cidade. Por outro lado, empresa já recebeu R$ 12 milhões do município este ano para custear parte do serviço.
Atualmente, a frota do transporte coletivo conta com mais de 300 ônibus em Londrina. Cerca de 200 deste total pertencem à Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL), empresa responsável por operar 65% das linhas existentes. O restante – cerca de 35% – é de responsabilidade da Londrisul. Pelo contrato firmado entre a prefeitura e as duas concessionárias, podem ser usados no serviço veículos que tenham, no máximo, dez anos de uso.
Apesar disso, muitos coletivos antigos continuam a ser utilizados, principalmente pela TCGL. Na Grande Londrina, 80 dos cerca de 200 ônibus estão nesta situação. No ano passado, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) fechou um acordo com as empresas para que essa substituição começasse a ser realizada em 2023. Na época, as concessionárias citaram os prejuízos acumulados por conta da pandemia de coronavírus e alegaram não ter dinheiro para fazer a troca naquele momento. Em janeiro, a Londrisul colocou 14 novos ônibus para rodar. A TCGL, por outro lado, ainda não iniciou a substituição dos veículos antigos.
O descumprimento do acordo com o poder público fez a vereadora Mara Boca Aberta (PROS) apresentar um pedido de informação na Câmara com diversos questionamentos. O requerimento foi aprovado durante a sessão desta quinta-feira (18) do Legislativo e segue, agora, para que a CMTU o responda.
No pedido, a vereadora faz as seguintes perguntas: Os ônibus com 10 anos ou mais de uso, em desacordo com o contrato, foram retirados de circulação? Quantos ônibus foram retirados de circulação por este motivo? Estes ônibus foram todos substituídos por ônibus novos ou mais novos? 4) Quantos foram substituídos? Quantos anos de uso têm os ônibus que substituíram os antigos? Qual foi o prazo dado para as empresas TCGL e Londrisul realizarem as substituições? Como está sendo feita a fiscalização para identificar os ônibus em desacordo com o contrato? Além dos 94 ônibus com 10 anos ou mais de uso em circulação anteriormente informado pela CMTU, foram identificados mais veículos nestas condições? Quantos? E qual o valor repassado pela prefeitura às empresas no ano de 2023?
Em relação à última pergunta, a CMTU já deu uma resposta. Em março deste ano, foi aprovado um aporte de R$ 12 milhões para que a TCGL compense as perdas relacionadas à pandemia de coronavírus acumuladas ao longo do ano de 2021. Já para a Londrisul, o valor do repasse ainda estaria sendo calculado.
Mara Boca Aberta lembrou que, desde o início da pandemia, somente a TCGL já recebeu mais de R$ 50 milhões de aporte do município por conta das dificuldades financeiras. Para ela, a empresa deveria, no mínimo, cumprir o que está no contrato e, o quanto antes, fazer a substituição dos ônibus com dez anos ou mais de uso que continuam rodando pela cidade.
Por meio da assessoria de imprensa, a TCGL informou apenas que não vai se pronunciar sobre o assunto. Já a CMTU disse que continua notificando a empresa para a troca da frota vencida.
Fonte: CBN Londrina