SindSaúde Paraná assina junto com mais de 50 entidades essa denúncia. Uma realidade que se repete em diversos locais da trabalho da SESA! Por isso, exigimos concurso público já.
O primeiro serviço de saúde do trabalhador no estado foi criado em 1986 a partir da mobilização e organização dos trabalhadores e trabalhadoras por meio dos sindicatos. Em 2006 foi criado Centro Estadual de Saúde do Trabalhador. E a partir deste, foram criados Centros Regionais de Saúde do Trabalhador nas Regionais de Saúde.
O Centro Estadual de Saúde do Trabalhador atua na assessoria permanente e acompanhamento das ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador realizadas nas regionais e municípios; na capacitação da rede do SUS e controle social; na epidemiologia em saúde do trabalhador; na pesquisa em conjunto com as Universidades.
A partir de 2002 com a implantação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast), o Paraná passou a receber aporte financeiro para a realização das ações. A SESA recebe mensalmente 280 mil reais para execução das ações, porém nesta gestão estes recursos não foram aplicados integralmente em Saúde do Trabalhador.
Algumas das importantes ações realizadas:
– Atendimento de cerca de 2700 trabalhadores para nexo causal (CEMAST);
– Elaboração da Política Estadual de Saúde do Trabalhador em 2010, antes da Nacional;
– Implantação do Comitê Estadual de Investigação de Óbitos e Amputações Relacionadas ao Trabalho no Paraná;
– Elaboração e execução de ações da Saúde do Trabalhador do Plano de Vigilância de Populações Expostas a Agrotóxicos desde 2013;
– Elaboração do Protocolo de Investigação de Intoxicações Crônicas por Agrotóxicos ( prêmio de segundo lugar no 14°EXPOEPI);
– Pesquisa em conjunto com a UFPR sobre contaminação por chumbo em Adrianópolis e agrotóxicos em trabalhadores/as da Fumicultura;
– Cursos para controle social e curso de especialização para técnicos pela Fiocruz;
– Ciclos de Debates, organizados em conjunto com os sindicatos;
– Participação na criação da Comissão Estadual do Benzeno no Paraná, Fórum Estadual de Combate aos Agrotóxicos;
– Vigilância da Saúde dos Trabalhadores em empresas de agrotóxicos, amianto, frigoríficos, construção civil, trabalho rural, trabalho infantil, silos, madeireiras, empresas com chumbo, etc.
TODO ESSE TRABALHO PODE SER PERDIDO E NÃO TER CONTINUIDADE.
EM 2010 HAVIAM no CEST 18 FUNCIONÁRIOS. Uma equipe multidisciplinar composta por: psicólogos, assistentes sociais, enfermeiras, técnicas de enfermagem, pedagoga, fisioterapeuta, farmacêutica, técnicos administrativos.
Atualmente a equipe do CEST é formada por 2 técnicas responsáveis pela vigilância de ambientes de trabalho (uma enfermeira e uma técnica de segurança do trabalho) e duas técnicas de enfermagem responsáveis pelo sistema de informação e 3 técnicos administrativos.
Para a execução da assessoria aos CERESTs são apenas 4 técnicos para todo o Paraná.
A situação dos CERESTs não é diferente, as equipes estão reduzidas a um ou dois técnicos, que além das ações de saúde do trabalhador realizam ações de vigilância sanitária.
Precisamos construir um movimento forte com os trabalhadores e trabalhadoras na defesa da saúde do trabalhador do Estado e exigir uma vigilância nos ambientes de trabalho para evitar o adoecimento e morte dos trabalhadores e um atendimento integral aos trabalhadores e trabalhadoras do estado.
Fonte: SindSaúde Paraná