Meteorologista diz que foi um inverno de chuvas abaixo da média e de temperaturas altas, como a de 23 de agosto, em que os termômetros marcaram o recorde do ano: 34,9 ºC.
Faltando apenas uma semana para o fim do inverno e com as temperaturas ficando acima dos 30 graus desde agosto, o Instituto de Desenvolvimento Rural e o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná, o Simepar, emitiram nesta quarta-feira o último boletim de 2023 do Alerta Geada.
A meteorologista Ângela Costa, do IDR, explica que foi um inverno de temperaturas altas e, com isso, nenhum alerta chegou a ser emitido. De acordo com ela, foram apenas duas ondas de frio, entre 17 e 20 de junho e de 13 a 15 de julho e, mesmo assim, de pouca intensidade.
Um dos fatores que contribuiu para esse inverno atípico, explica a meteorologista, foi o El Niño, fenômeno que eleva a temperatura das águas do Oceano Pacífico equatorial e acaba tendo reflexos em todo o planeta.
Em relação às chuvas, a meteorologista explica que só junho ficou dentro do esperado. Em julho, que tem média histórica de 68 milímetros, choveu apenas 19 milímetros. E em agosto, que tem media de 57 milímetros, choveu só 27 milímetros.
Segundo Ângela Costa, as altas temperaturas desse inverno são resultado também do bloqueio atmosférico que impediu a entrada de massas de ar polar durante boa parte da estação.
Com o bloqueio atmosférico atuando sobre a região e o El Niño, Ângela Costa destaca o calorão desse inverno e diz que a estação meteorológica de Londrina chegou a registrar, no dia 23 de agosto, 34,9 ºC, a temperatura mais alta deste ano e a segunda maior para o mês de toda a série histórica do IDR.
Sobre a primavera, que começa no sábado 23 de setembro, a meteorologista diz que a tendência é que o auge do El Niño ocorra justamente durante a estação, que será de temperaturas elevadas e chuvas acima da média, mas mal distribuídas.
Fonte: CBN Londrina