Entidade representativa da categoria, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) afirma que o acordo é a retomada de direitos retirados nos últimos anos. “As negociações bem-sucedidas da campanha salarial 2023 não marcam o fim, mas sim um novo começo.
Além disso, é crucial destacar que, após a aprovação da proposta nas assembleias, a FINDECT agiu prontamente. No mesmo dia (21), protocolou um ofício junto à direção da ECT, solicitando a antecipação do pagamento do Vale Peru em Pecúnia para a data da assinatura do Acordo Coletivo, marcado para o próximo dia 27, em Brasília.
Esta ação evidencia o compromisso da FINDECT e dos sindicatos filiados em acelerar os benefícios acordados, proporcionando uma resposta rápida e condizente com as necessidades da categoria.
Campanha foi um marco para a categoria
O presidente da FINDECT, José Aparecido Gandara, destaca que a campanha salarial atual foi um verdadeiro marco para a categoria.
Gandara afirma: “Esta campanha salarial foi marcada por uma mobilização excepcional dos trabalhadores, o que nos permitiu alcançar ganhos salariais significativos e a reconquista de direitos que foram retirados ao longo dos últimos 6 anos.
Ronaldo Leite, secretário geral da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) que é da categoria dos Correios, comemorou: “A campanha salarial dos Correios neste ano foi extremamente vitoriosa. Conquistamos aumento real de salário e recuperamos diversas cláusulas sociais retiradas durante o último governo. A categoria demonstrou que com mobilização é possível arrancar conquistas.”
O acordo, com 78 cláusulas, prevê ainda reajuste imediato dos benefícios em 3,53%, tíquete extra de R$ 1 mil em dinheiro com a assinatura do acordo, gratificação extra de R$ 1.500 em janeiro de 2024, criação de comissão, com a participação das entidades representativas dos trabalhadores, para avaliar melhorias no plano de saúde e pagamento de 80% de bolsas de estudo.
Segundo a empresa, o acordo estabelece aumento de R$ 250 para quem ganha até R$ 7 mil e 3,53% de reajuste para funcionários com remuneração superior a R$ 7 mil a partir de janeiro de 2024.
“Isso equivale a um aumento médio de 6,57% para mais de 71 mil empregados (83% do efetivo). Para parte do efetivo, esse aumento representa um reajuste de 12% em relação à atual remuneração”, diz a nota.
O acordo salarial
Segundo a empresa, o acordo estabelece aumento de R$ 250 para quem ganha até R$ 7 mil e 3,53% de reajuste para funcionários com remuneração superior a R$ 7 mil a partir de janeiro de 2024.
“Isso equivale a um aumento médio de 6,57% para mais de 71 mil empregados (83% do efetivo). Para parte do efetivo, esse aumento representa um reajuste de 12% em relação à atual remuneração”, diz a nota.
Sobre a abertura de concurso público, os Correios informaram que irão se reunir com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos para tratar do tema.
Em relação à concessão de bolsas, a empresa comprometeu-se a priorizar a paridade de gênero e raça e incentivar empregados de nível médio a cursar uma graduação.
Outras cláusulas do acordo com o Correios
- licença paternidade de 20 dias,
- pagamento de tíquete pelo período de 90 dias para trabalhadores considerados inaptos pelo INSS,
- manutenção do tíquete até o retorno em caso de acidente de trabalho;
- abono de 6 dias para acompanhante; ]
- licença remunerada de 10 dias para situação de violência doméstica;
- afastamento especial em caso de nascimento de filho ou filha prematura e
- ampliação do horário especial de amamentação de 12 para 18 meses.
Fonte: Rádio Peão