Conferência Nacional de Educação será a base para o Plano Nacional de Educação; Conae foi convocada, em caráter extraordinário, por decreto presidencial
A Conferência Nacional de Educação (Conae) 2024 teve início na noite deste domingo (28) e vai até a próxima terça-feira (30), na Universidade de Brasília (UnB), com a finalidade debater e propor ações para orientar o novo Plano Nacional de Educação (PNE) para o próximo período.
A etapa nacional, organizada pelo MEC, reúne cerca de 2,5 mil pessoas que se desdobraram em debates em torno de sete eixos. O primeiro coloca o PNE como articulador do Sistema Nacional de Educação, vinculado aos planos estaduais, distritais e municipais com a finalidade de realizar ações integradas com regime de colaboração. O segundo eixo diz respeito a garantia do direitos de todas as pessoas à educação de qualidade, com acesso, permanência e conclusão, em diferentes contextos e em todos os territórios.
Confira aqui todos os eixos.
Participam do Conae, representantes de entidades estudantis, de professores e segmentos da sociedade civil que participaram das etapas locais e se elegeram delegados. Para essas entidades, a Conae 2024 será marco histórico para retomada da educação depois de um longo período controlado pela extrema-direita no Brasil.
Na abertura do evento, o ministro Camilo Santana afirmou, que mais de 4,3 mil municípios e mais de 1,3 mil reuniões ocorreram em todas as unidades federativas do Brasil. Estas conferências foram organizadas pelo Fórum Nacional de Educação (FNE), recomposto oficialmente, em março do ano passado, após seis anos de ataques dos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Santana destacou os principais feitos do MEC neste último ano e lembrou que o MEC, “abriu as portas para debater com estudantes e professores o futuro da educação”.
Entidades sociais e estudantis que participaram da abertura confiam que a Conae 2024 será a primeira etapa pela reconstrução da Educação democrática.
A presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundarista (Ubes), Jade Beatriz ressaltou, na solenidade de abertura, que a realização da conferência por si só, já é uma grande vitória da democracia. Significa uma retomada de uma construção democrática da educação brasileira, após seis anos de ausência de debate. Para ela, o PNE pode estabelecer metas mais ousadas, estratégicas e mais avançadas.
Da mesma forma, a presidente da UNE, Manuela Mirella destacou a relevância da Conae como espaço de participação popular. “A Conae possibilitou o debate da educação país a fora. Os caminhos e os rumos da educação brasileira serão apontados por nós. É a prova de como podemos participar pensar juntos políticas públicas. Isso é democracia”.
Para a secretária geral da Contee, Madalena Guasco, a Conae ser retomada agora dever ser um marco da reconstrução da educação democrática. O presidente da ANPG, Vinicius, presente na mesa de abertura acredita que a Conae proporcione um ambiente propício para o debate e a elaboração de estratégias que possam garantir uma educação estruturada capaz de enfrentar os desafios do país.
Nesta segunda-feira (29), tem início os debates em torno dos eixos centrais da Conae.
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Fonte: Portal Vermelho