Em algumas unidades federativas, o cenário já é de epidemia
O surto de dengue continua a avançar no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o País registrou 512.353 casos prováveis da doença apenas em 2024 – quatro vezes mais que os 128.842 registrados no mesmo período de 2023. Há pelo menos 75 óbitos já confirmados que foram decorrentes de dengue, além de 340 mortes que estão sendo investigadas.
Os números integram o painel de monitoramento de arboviroses da Saúde e mostram que falta pouco para o Brasil entrar em estado de dengue epidêmica. Hoje, o coeficiente de incidência é de 252,3 casos para cada 100 mil habitantes. Para se tornar epidemia, a taxa média deve chegar a 300 casos.
Dois estados do Sudeste concentram, juntos, metade dos registros absolutos de dengue: Minas Gerais soma 171.769 casos prováveis, enquanto São Paulo tem 83.651. Na sequência aparecem Distrito Federal (64.403), Paraná (55.532), Rio de Janeiro (39.315) e Goiás (31.809).
Em algumas unidades federativas, o cenário já é de epidemia, conforme o coeficiente de incidência. É o caso do Distrito Federal (2.286,2 casos por 100 mil habitantes), de Minas Gerais (836,3), do Acre (582,2) e do Paraná (485,3).
A situação levou o governo Lula a acelerar o processo de distribuição da vacina contra a dengue, a Qdenga, fabricada pela farmacêutica japonesa Takeda. A campanha de imunização começou no Distrito Federal, com foco em crianças de 10 e 11 anos. Goiás deve iniciar a vacinação na quinta-feira (15). As 712 mil doses do lote inicial serão destinadas a 315 municípios.
Fonte: Portal Vermelho