Bancários da cidade de Maringá se reuniram, na penúltima semana do mês de maio, para protestar contra o fechamento de uma agência do banco Bradesco. O caso é mais um que se segue de uma série de fechamentos de unidades e demissões em massa
Na quarta e quinta-feira, dias 22 e 23 de maio, o Sindicato dos Bancários de Maringá e Região realizou um protesto em frente à uma agência do banco Bradesco na cidade de Maringá. Os trabalhadores denunciam o fechamento da unidade, que resulta em demissões, aglomeração de clientes nas agências restantes e sobrecarga de trabalho para os funcionários alocados nas últimas três agências que ainda restam.
De acordo com o Sindicato, o número de pontos de atendimento do Bradesco em Maringá sofreu uma redução drástica nos últimos anos, passando de 20 pontos em 2018 para apenas três em 2024. Além disso, mais de 20 mil funcionários foram demitidos em todo o país nos últimos cinco anos. No entanto, apesar do cenário de fechamento de agências e demissões, o Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 4.211,00 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2024.
Estes dados, à primeira vista contraditórios, só servem para explicitar a verdadeira faceta desse sistema de exploração que tanto oprime nosso povo e o faz sangrar. Enquanto o povo pobre e trabalhador sofre com demissões em massa, achatamento do poder de compra, encarecimento geral dos produtos e serviços mais elementares para a vida e “flexibilização” das leis trabalhistas, a burguesia, especialmente estes grandes banqueiros, todos vende-pátria e inimigos do povo, lucram bilhões em cima da miséria das massas, é dessa miséria que se alimentam.
A entidade já tomou diversas medidas para chamar a atenção para a situação, incluindo o envio de ofícios à direção nacional do banco, solicitação de apoio à Câmara Municipal de Maringá e reuniões com o Procon para denunciar a superlotação das agências restantes, o que, como é de praxe, não resultou em nada até o momento. Os trabalhadores reivindicam mais respeito ao trabalho que exercem e à população, exigindo o fim das demissões e do fechamento de agências.
Fonte: A Nova Democracia