SESA reconheceu a necessidade de reajuste e prometeu apresentar uma proposta oficial em até 15 dias
Os profissionais de saúde do Paraná, representados pelo Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores do Serviço Público da Saúde e da Previdência do estado do Paraná (SindSaúde/PR) enfrentam uma significativa defasagem, que ultrapassa 50%, na Gratificação de Atividade em Saúde (GAS).
Em 17 de julho, uma reunião com a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) foi realizada para discutir um possível reajuste. Resguardada pela Lei nº 13.666, de 2002, a GAS deve ser concedida aos servidores da saúde visto o caráter insalubre e com risco de vida das atividades que desenvolvem.
Encontro decisivo
Nesta reunião, o Sindicato apresentou cálculos comparativos que evidenciam a disparidade salarial em relação a outros setores do Executivo. Atualmente, a GAS está fixada em R$ 1.360,03 para profissionais de hospitais e R$ 971,45 para os de unidades de saúde.
O secretário estadual de Saúde, César Neves, reconheceu a defasagem e afirmou que a reivindicação é justa. Ele informou que a Secretaria está realizando um estudo de impacto financeiro e que a proposta do Executivo será apresentada em até 15 dias.
Expectativas e próximos passos
Segundo Gilson Luiz Pereira Filho, membro da diretoria estadual do SindSaúde-PR, apesar de reconhecer a abertura para a negociação, a pasta ainda não informou quais serão os novos valores, ou seja, ainda se sabe qual será a percentagem proposta.
“Foi nos dito que estavam fazendo um estudo de impacto financeiro, de que eles reconheciam que era necessário um reajuste que era possível, que a secretaria já tinha essa intenção, mas não apresentaram nenhum percentual”, afirma.
O SindSaúde/PR aguarda a conclusão do estudo de impacto financeiro e a apresentação de uma proposta concreta de reajuste. Para o Sindicato, a luta pelo reajuste não é apenas uma questão financeira, mas também uma questão de valorização dos profissionais que sustentam o sistema de saúde do estado, mesmo sob condições de trabalho sobrecarregadas.
Uma nova reunião com a SESA está marcada para a primeira semana de agosto, onde se espera que uma proposta oficial seja finalmente apresentada.
Matéria do estagiário Jader Vinicius Cruz sob supervisão.
