Godinho avalia que a retomada do setor e recontratação de operários exigem a presença do sindicato
O ato de quinta-feira, dia 15 de agosto, de reabertura da Fafen Fertilizantes, com a presença de Lula, simboliza o compromisso do governo com a revitalização do setor de fertilizantes no Brasil, aponta o coordenador-geral do Sindiquímica, Marco Aurélio Godinho.
Para ele, trata-se da reafirmação “da importância estratégica deste setor para soberania alimentar do país”.
Desde 2020, a Fafen encerrou as atividades. E, com isso, também o sindicato da categoria estava desativado, mesmo que tenha buscado manter a sede e uma estrutura mínima. Afinal, os cerca de 400 trabalhadores filiados conheceram o desemprego, assim como a direção sindical.
Agora, Godinho avalia que a retomada do setor e recontratação de operários exigem a presença do sindicato para monitorar esse processo.
“A retomada do sindicato é importante para garantir que nossas vozes sejam ouvidas. Ainda mais porque a indústria de fertilizantes no Brasil enfrenta desafios significativos. O fechamento aumentou a dependência de fertilizantes importados, tornando o Brasil mais vulnerável, enfraqueceu a indústria nacional, resultando em perda de know how. Além disso, em cenário de reabertura de uma planta industrial, o sindicato desempenha papel na proteção de empregos existentes”, reflete.
Reabertura da Fafen é resultado da luta dos trabalhadores, dizem lideranças sindicais / Gibran Mendes
Retomada do ramo de fertilizantes
Godinho ainda aponta que a reabertura auxilia também na segurança alimentar e sustentabilidade da agricultura.
“A agricultura é um dos pilares da economia nacional, e o Brasil um dos maiores produtores agrícolas do mundo, portanto depende fortemente de fertilizantes para sua produtividade. Investir nesses insumos é importante para reduzir a dependência de setores externos, sobretudo em cenário de incertezas e comércio internacional, em meio às guerras na Ucrânia e no Orienta Médio”, aponta.
Fonte: Brasil de Fato