Frentista, comerciário, metalúrgico, professor, Servidor, vigilante – muitos trabalhadores, das variadas categorias profissionais, concorrerão ao Legislativo e Executivo este ano.
Isso é bom. É bom, mas há problemas para as candidaturas do campo sindical. “Faltam recursos. E sobra pulverização partidária”, observa o consultor político e sindical Antônio Augusto de Queiroz.
Para Toninho do Diap (integrante da entidade por décadas), “até as eleições, em 6 de outubro, não tem muito o que ser feito pra reorientar candidaturas e pautas”, seja pelas Centrais ou o Sindicato do candidato.
Local – A disputa municipal é quase sempre dominada por demandas do próprio município. Para Toninho, “o candidato de origem sindical terá que operar nessa margem”.
No entanto, ele observa, a marca sindical e classista não será diluída, “se o candidato defender políticas públicas pró-melhoria na qualidade de vida, principalmente para os bairros periféricos, onde tradicionalmente vivem os mais pobres e trabalhadores”.
A pulverização partidária não ajuda. O analista explica: “Se a candidatura for por um partido de direita, os votos ao candidato, caso não se eleja, irão pra políticos que, na hora de decidir, seguirão a pauta conservadora e antissindical”.
Ele orienta que, para próximas eleições, Centrais e Confederações, por exemplo, planejem candidaturas “de preferência por partidos progressistas”. Assim, argumenta Toninho, “ainda que a pessoa não se eleja, seus votos ajudarão representantes mais alinhados às demandas dos trabalhadores”.
Para Antônio Augusto de Queiroz, cabe ao movimento o desafio buscar um grau de unidade que oriente seus candidatos (sindicalistas ao não), ensejando uma pauta mais vinculada aos interesses populares e dos trabalhadores.
Decálogo – O tempo é curto até as eleições. Mas, para Toninho, ainda há tempo de se produzir um decálogo que oriente candidatos e afine suas pautas.
Fonte: Agência Sindical