A UEL reinicia, nos próximos dias, as obras da nova Biblioteca Central (BC) que será construída ao lado do Restaurante Universitário (RU), com investimento de R$ 10,5 milhões, sendo R$ 5,83 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o restante, R$ 4,66 milhões, do Governo do Estado. O novo prédio tem 3 pavimentos de 5 mil m² e traz uma configuração moderna do conceito de biblioteca, abrigando o vasto acervo físico e conteúdo digital, com internet de alta velocidade, computadores eficientes, totens de autoatendimento e múltiplos espaços para usuários.
O contrato com a empreiteira responsável foi assinado na semana passada pela reitora, Marta Favaro. A construtora deve começar o trabalho ainda neste mês. De acordo com o contrato, a obra tem prazo de nove meses para ser concluída, com possibilidade de a empresa solicitar aditivo de prazo. A construção teve início em 2018, mas, em virtude de descumprimento contratual pela empresa licitada à época, acabou ficando apenas na estrutura física. A nova empreiteira deverá reiniciar o trabalho complementando a obra de infraestrutura, cobertura, execução de projetos hidráulico, elétrico e rede lógica.
Nos últimos anos, a Universidade adotou o necessário trâmite administrativo para encerramento do antigo contrato, realizar novo levantamento sobre as condições físicas da obra, revisão orçamentária, viabilização de recursos complementares até o processo licitatório para contratação de nova empreiteira. Mas, a história da construção da nova BC começa em 2012, quando o projeto arquitetônico foi apresentado ao Conselho de Administração (CA) da Universidade.
A obra é uma antiga demanda da comunidade acadêmica para modernizar a estrutura de acervo da UEL, que conta com 199 mil títulos e mais de 325 mil exemplares (volumes) em expansão continua, além de mais de 347 mil periódicos. A estrutura deverá integrar-se com a Biblioteca Setorial de Ciências Humanas, agrupando os dois acervos.
Segundo a reitora, Marta Favaro, a diferença temporal entre a paralisação e o reinício da construção envolveu várias instâncias da Universidade, inclusive na negociação com os trabalhadores contratados pela antiga empreiteira. De acordo com Marta, a BC vai proporcionar aos estudantes um espaço adequado para a socialização do conhecimento acadêmico, primordial para o processo de formação.
“É um equipamento que também tem a função de preservar documentos, o conhecimento. Um espaço fundamental para uma instituição que tem como natureza a produção de ensino, pesquisa, extensão e inovação. É um local para a comunidade acessar a todo esse conhecimento científico, cultural, tecnológico com livros e demais recursos disponíveis”, definiu.
Ela ressalta que o prédio servirá ainda para que os acadêmicos participem de grupos de estudos, permanecendo boa parte do dia em contato com outros estudantes para encontro de ideias e troca de informações.
A reitora salienta que o novo prédio fica em local privilegiado, no centro do Campus Universitário, praticamente anexo ao RU. Sobre a tendência de utilização cada vez maior dos recursos digitais, a professora Marta afirma que o investimento também servirá para proteção desse conteúdo.
Temos uma obrigação enquanto Universidade de preservar os recursos de todas as áreas e de oferecer diferentes ferramentas para os estudantes. A formação humana exige a interação com essas experiências, vamos proporcionar tudo isso na biblioteca.Marta Favaro, reitora da UEL.
Infraestrutura
Segundo a diretora do Sistema de Bibliotecas da UEL, Neide Maria Jardinette Zaninelli, a equipe planeja diversas configurações para o novo prédio que deverá contar com múltiplos espaços para estudo, reuniões e eventos. Ela explica que a proposta é lançar mão de todos os recursos tecnológicos, uma biblioteca inovadora para atender às demandas de usuários cada vez mais autônomos e hiperconectados, que esperam encontrar informações de qualidade, confiáveis e de forma rápida.
“Uma biblioteca moderna tem muito a oferecer. As mídias digitais são uma nova ferramenta de informação que vieram para acrescentar e não para eliminar as formas já existentes. Recentemente expandimos o acervo digital, adquirindo e-books e assinando bibliotecas digitais. Os avanços tecnológicos trouxeram mudanças significativas nas demandas de informação, mas também no processo de gestão, e na utilização da informação”, afirma.
Entre as novas demandas das bibliotecas, enumera, está o papel educacional de promover também a alfabetização digital, com bibliotecários apoiando no desenvolvimento de habilidades importantes na pesquisa, análise crítica e na síntese de informações. “As bibliotecas se tornaram centros de acesso a tecnologias, com computadores e internet, além de oferecerem capacitações que ajudam os alunos a se familiarizarem com novas ferramentas”, finaliza.
Fonte: Agência UEL