Um incêndio que começou na esquina da Bento Munhoz da Rocha Neto com a rua Jerusalém, na Zona Sul de Londrina, assustou os moradores da região no fim da manhã desta quinta-feira (26). Um condomínio próximo precisou ser esvaziado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas foram avistadas por volta das 11h30 e teriam começado em uma área de vegetação nas proximidades do aterro do lago Igapó, na Gleba Palhano.
Os bombeiros ainda estão no local atendendo a ocorrência. Uma choupana que fica dentro do Forest Park Residence pegou fogo devido às fagulhas do incêndio na mata.
Não há informações sobre o que provocou o início das chamas, que rapidamente se alastraram, levadas pelo vento, destruindo dezenas de árvores e vegetação. A fumaça tomou conta do céu e pôde ser vista de vários pontos, mesmo distantes.
Até o momento de publicação desta matéria, não houve confirmações de vítimas humanas ou animais. No entanto, era possível visualizar diversos idosos e tutores de animais saindo das casas e apartamentos próximos com panos no rosto devido à intensa fumaça.
Até por volta das 13h30, o Corpo de Bombeiros informou que já tinham sido consumidos 60 mil litros de água, e ainda havia focos de incêndio.
Moradores assustados
A recepcionista Amanda Tenório, 23, tinha acabado de chegar do trabalho quando conversou com a reportagem. “Nossa, eu levei um susto (quando viu as chamas). Eu vim dali. Meu filho daqui a pouco vai chegar da creche. Não dá pra respirar aqui. Um absurdo. Eu, por exemplo, estava no trabalho. Não sabia de nada. Levei um susto. Liguei pra minha mãe agora. Falei: ‘mãe, tá pegando fogo aqui em frente de casa'”. Tenório mora com a mãe, o filho de dois anos e o avô.
Já o empresário autônomo Gabriel Rossi viu o incêndio do começo. “Eu comecei a ouvir barulho muito alto. Eu pensei que era uma construção aqui em cima que o pessoal estava fazendo e ao olhar, (viu que eram) estalos muito altos”, comenta. “Eu fiquei preocupado e vim ver o que estava acontecendo, porque de repente a gente tem que tomar uma providência mais rápida”.
Quanto ao prédio nas proximidades, Rossi também presenciou a ocorrência. “Eu vi de longe. Eu vi o pessoal gritando, daí eu fui ver. O prédio estava pegando fogo mesmo, no ar-condicionado. Só que só na parte de fora e estava saindo bastante fumaça escura. Eu vi o pessoal gritando e os bombeiros já tinham chegado nessa hora. E o pessoal atendeu rápido. Os bombeiros foram com o carro mais perto e acredito que eles conseguiram”, conta.
A reportagem tentou contato com a proprietária do apartamento incendiado, mas ela não estava mais no local. O Corpo de Bombeiros também foi questionado sobre o número de profissionais que trabalham no local, mas o tenente responsável pela equipe não pôde dar entrevista por ainda estar no combate às chamas.
Condomínio esvaziado
O condomínio que teve a choupana incendiada precisou esvaziar os prédios após recomendação do Corpo de Bombeiros. De acordo com as informações da síndica do Forest Park Residence, Ana Paula Marcos, a situação causou pânico.
“Todo mundo precisou sair dos prédios por causa do risco. Agora a recomendação é continuar molhando o espaço com as nossas mangueiras. Eles [os bombeiros] já nos avisaram que podem precisar de mais água”, relata a gestora.
Incêndios em Londrina
Do dia 1º de setembro até o começo da tarde desta quinta-feira (26), os bombeiros atenderam 68 casos de incêndio em vegetação em Londrina. A média é de praticamente três registros por dia. Na tarde de quarta-feira (25), o fogo numa mata no fundo do jardim Europa, na zona sul, ameaçou atingir o Parque Arthur Thomas.