90,7% de famílias do estado possuíam algum tipo de dívida em setembro.
O endividamento dos paranaenses apresentou queda em setembro, conforme dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
De acordo com Rodrigo Schmidt, coordenador de desenvolvimento empresarial da Fecomércio, no Paraná, 90,7% das famílias possuíam algum tipo de dívida com relação a cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestações de carro e de seguros, parcela superior à média nacional de 77,2%, o que posiciona o Paraná como segundo estado com maior número de endividados no país.
Apesar do elevado percentual de famílias endividadas no Paraná, esse fato não deve ser interpretado de forma negativa. A segurança no emprego e o cenário econômico atual oferecem aos paranaenses confiança para assumir compromissos financeiros, principalmente por meio de parcelamentos. Isso demonstra uma boa capacidade de solvência, já que, mesmo com a alta taxa de endividamento, a inadimplência tem se mantido estável e em patamares mais baixos em comparação com o ano anterior. O percentual de inadimplentes, por exemplo, segue reduzido, refletindo o compromisso das famílias em honrar suas dívidas e a boa saúde financeira do estado.
As famílias de menor renda são as mais endividadas, com 91,2%, ante 88,1% entre as famílias de maior poder aquisitivo. A inadimplência também é maior entre as famílias com renda até dez salários mínimos, entre as quais 15,7% estão com as contas atrasadas e 5,6% afirmam não ter condições de quitar seus débitos. Nas famílias com renda superior a dez salários mínimos, 12,5% estão inadimplentes e apenas 1,2% devem se manter assim, pois não terão condições de pagar o que devem.
O percentual de endividados no Paraná teve redução em relação a agosto, quando era de 91% e está melhor do que o registrado em setembro de 2023, quando era de 94,2%. Já a inadimplência se manteve estável em relação ao mês anterior, permanecendo em 15,1%, e reduziu perante os 18,1% na comparação com setembro do ano passado.
As famílias que se declararam incapazes de pagar suas dívidas representaram 4,7% em setembro, o mesmo percentual de agosto, e uma redução expressiva em comparação aos 6,6% de setembro de 2023.
Fonte: CBN Londrina