Equipes reclamam que saíram de férias e não receberam valores referentes ao período de descanso, e que o FGTS também não estaria sendo depositado.
Operários que trabalham na construção de uma trincheira no cruzamento das avenidas Leste-Oeste e Rio Branco, na área central de Londrina, voltaram a cruzar os braços nesta segunda-feira (19). As equipes fizeram um protesto em frente ao canteiro de obras da construtora responsável e impediram que os maquinários deixassem o local. Consequentemente, as equipes que estavam escaladas para atuar na intervenção não puderam trabalhar.
Os funcionários que realizaram a manifestação alegam que saíram de férias na última semana e ainda não receberam os valores referentes ao período de descanso. Por conta disso, eles resolveram protestar para cobrar o pagamento. O operário Devanil Palombo contou que a empresa sempre diz que vai pagar no dia seguinte, e que o dinheiro nunca cai na conta das equipes.
Já Claudio Ribeiro lembrou que nas últimas férias recebeu os valores somente no quinto dia após o término do período de descanso. Ele também disse que a empresa não estaria depositando o FGTS dos trabalhadores.
O novo protesto dos operários, que já tinham se manifestado diversas vezes nos últimos meses também para cobrar pagamentos atrasados, é o mais novo desdobramento da construção da trincheira, que é a principal obra pública em execução na cidade e também a mais problemática. A terceirizada responsável tem enfrentado uma série de dificuldades para cumprir o cronograma dos trabalhos, que estão atrasados. Tanto é que a prefeitura já autorizou um aditivo transferindo a entrega da obra de janeiro para julho do próximo ano. O valor investido também subiu de R$ 25 milhões para mais de R$ 33 milhões por conta dos aditivos. O município garante que tem fiscalizado o andamento dos trabalhos. Já a terceirizada prefere não se pronunciar oficialmente sobre os contratempos.
Quem mora ou trabalha no entorno da obra está preocupado com a possibilidade de novos aditivos serem aprovados daqui para frente, o que pode adiar ainda mais a entrega da trincheira. A empresária Renata Cazado, que tem uma borracharia a poucos metros do canteiro de obras, tem amargado prejuízos financeiros desde o início dos trabalhos. Ela espera que o serviço seja concluído dentro do novo prazo estipulado, apesar de reconhecer que dificilmente isso vai acontecer.
Fonte: Redação CBN Londrina