O advogado da Federação, Luiz Eduardo Peccinin, ainda destaca a fala em que Moro admite a finalidade de seus gastos
Na noite do dia 22 (segunda), PT, PV e PCdoB, em nome da Federação Brasil da Esperança do Paraná (FEBR), protocolaram, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um recurso sobre o julgamento do senador Sérgio Moro (União-PR), acusado por abuso de poder econômico.
No recurso, a Federação aponta equívocos cometidos na análise das provas dos autos do desembargador Luciano Falavinha, indicando abuso de dinheiro por Moro para alavancar sua candidatura no período pré-eleitoral.
A Federação declarou respeito à decisão do Tribunal Regional Eleitoral, mas continua convicta de que a corrida eleitoral de Moro foi impulsionada com abuso de poder econômico. O presidente do PT Paraná, deputado Arilson Chiorato, afirmou que até mesmo discursos de magistrados desfavoráveis à cassação apontaram indícios de irregularidades na campanha.
“Além de dois votos a favor da cassação e do parecer do Ministério Público Eleitoral, alguns dos outros votos também indicaram a existência de um volume alto de recursos na pré-campanha (de Sérgio Moro), colaborando com a nossa tese. Peticionamos o processo para que a justiça seja feita, o gasto de campanha, somado ao gasto de pré-campanha, extrapola o limite legal. Entendemos que Sérgio Moro abusou economicamente e precisa ser responsabilizado por isso”, argumenta.
O advogado da Federação, Luiz Eduardo Peccinin, ainda destaca a fala em que Moro admite a finalidade de seus gastos. “A decisão do TRE/PR toma premissas equivocadas para desconsiderar quase integralmente o dinheiro gasto por Moro. Mais, divide a pré-campanha de Moro ignorando que o próprio senador confessou publicamente que empreendia um ‘projeto nacional’ que naufragou e, portanto, assumiu os riscos de gastar como um candidato a presidente e violar a paridade de armas eleitoral”.
O recurso foi assinado conjuntamente pelos advogados das bancas de Luiz Eduardo Peccinin e Angelo Ferraro, advogado do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.
Fonte: Revérbero/Brasil de Fato