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Néias, Observatório de Feminicídios de Londrina, completa três anos com Mostra de Artivismos neste sábado

O Néias – Observatório de Feminicídios de Londrina, completa três anos de atuação, e como forma de demarcar a data, o coletivo escolheu, entre outras ações, o artivismo, manifestação que une arte a ativismo a fim de chamar atenção para a importância de combater as diversas violências de gênero.

O grupo preparou uma programação expandida que se estende ao longo do mês de abril. As atividades incluem rodas de conversa, exposições e um memorial em homenagem às vítimas e sobreviventes de feminicídio, cujos casos foram acompanhados de perto pelo Néias ao longo dos últimos anos.

Um destaque da programação é o CineDebate, realizado em parceria com o CineDiversidade do Coletivo Entretons, um projeto de pesquisa e extensão da Universidade Estadual de Londrina. Além disso, a abertura da primeira Mostra de Artivismos em Londrina, acontece na divisão de artes cênicas da Casa de Cultura UEL, neste sábado (27 de abril) das 15h às 19h.

A aproximação das pautas através da expressão artística, busca sensibilizar a população quanto aos campos de atuação do Néias, especialmente, os julgamentos de feminicídio acompanhados pelo Observatório em Londrina.

Foto: Rede Lume de Jornalistas

Segunda Amanda Ferreira Marcondes, artista-pesquisadora e integrante de Néias – Observatório de Feminicídios Londrina, a expressão artística proporciona um espaço de ressensibilização e construção de novas narrativas sobre essas questões, permitindo encontros e debates que ressaltam a importância de não silenciar as violências cotidianas enfrentadas pelas mulheres.

“A materialidade das expressões artísticas faz com que a gente crie um tempo e espaço para poder se falar com um cuidado maior, que essas violências necessitam ser faladas e não silenciadas. E também criar um espaço de potência afetiva, que seja no encontro, na conversa, mas também de direcionamento das nossas angústias, das nossas raivas e da celebração das nossas existências, mesmo sendo num contexto onde a maioria das mulheres que são enunciadas foram tiradas de nós, de seus familiares, de seus pais, com tamanha violência”, explica a pesquisadora.

A Mostra também contará com trabalhos de artistas e ativistas sociais. Entre eles, destaca-se a instalação “Espaço do Silêncio” da ativista Nina Caetano, coordenadora do coletivo Ninféias (Núcleo de Investigações Feministas) de Ouro Preto, Minas Gerais, e a performance “Mamila Invertido” da artista Maju Ferretti, estudante de artes cênicas da UEL.

As atividades incluem ainda uma poesia de Henrique Nogueira, integrante do projeto “Tudo Preto”, uma oficina de lambe com Marcinha Baobá, artista, ativista e pesquisadora maranhense que também integra o Ninféias, e também com Meire Moreno, ativista feminista, professora e integrante do coletivo Nós. Além de uma roda de conversa entre as integrantes do Néias e o público presente.

Detalhes sobre todas as atividades podem ser encontrados nas redes sociais e no site do Néias.

Programação:

18 a 30 de abril: Instalação “Memorial Nenhuma a Menos”

Local: Sesc Cadeião Cultural

20 de abril: Instalação do Memorial no Feirão da Resistência

Local: Canto do MARL

Horário: das 9h às 17h

20 de abril: Exibição do documentário “A Vida e a Morte de Marsha P. Johnson” e roda de conversa com o projeto Entretons

Local: Sesc Cadeião

Horário: 15h

27 de abril: Mostra de Artivismo

Local: Divisão de Artes Cênicas da UEL (Av. Celso Garcia Cid, 205 – Centro)

Horário: das 15h às 19h


Matéria da estagiária Joyce Keli dos Santos sob supervisão

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