Gratuitas, as aulas acontecem na Vila Cultural Canto do MARL, no Centro de Convivência da Pessoa Idosa da Zonas Norte e no espaço do Coletivo Ciranda da Paz, no Jardim Nossa Senhora da Paz, na Zona Oeste ; inscrições estão abertas
O projeto “Marcas do Corpo”, das atrizes Natalia Viveiros e Renata Santana, inicia, no próximo dia 13, mais um ciclo de oficinas gratuitas de teatro. Voltadas para mulheres e pessoas trans, as aulas oferecem vivência e aprendizagem da linguagem teatral.
Os encontros acontecem em três localidades diferentes: na Vila Cultural Canto do MARL, na região central, no Centro de Convivência da Pessoa Idosa da Zona Norte e no espaço do Coletivo Ciranda da Paz, no Jardim Nossa Senhora da Paz, na Zona Oeste.
No MARL, as aulas têm início no dia 13 e acontecem sempre às segundas e quartas, às 19 horas. Na Zona Norte, as aulas começam no dia 17 e serão às quintas-feiras, às 9 horas. Já no Jardim Nossa Senhora da Paz, o primeiro encontro será no dia 21 e os horários serão definidos em conjunto com os participantes.
As inscrições podem ser feitas pelo WhatsApp (43) 99618-3824, e-mail asmaracasnocorpo@gmail.com ou presencialmente no Canto do MARL (Avenida Duque de Caxias, 3.241); Centro de Convivência da Pessoa Idosa – Zona Norte (Rua Luís Brugin, 570) e no Coletivo Ciranda da Paz (Rua Nossa Senhora do Socorro, 436). Para se inscrever é preciso ter mais de 16 anos.
‘Marcas no Corpo’ foca a vivência da mulheridade
O projeto “Marcas no Corpo” já existe há cinco anos e nesse período realizou oficinas em diferentes regiões da cidade, além de montar e apresentar podcasts, lives e a performance “Conexões Híbridas e Memórias Marginais”.
O coletivo realiza atividades de formação em criação em artes cênicas com foco na vivência da mulheridade, a partir das histórias, contexto social e raça de mulheres e pessoas trans. “A intenção é explorar as narrativas e potências expressivas em um espaço seguro, sem julgamentos. Por isso, também, a importância de ir até os bairros onde essas mulheres estão”, explica Renata Santana, cocriadora do projeto.
Segundo ela, a questão da mulheridade é bem controversa e faz parte da sua pesquisa de mestrado investigar essa terminologia justamente porque o projeto envolve também a participação de homens e mulheres trans. “Quando eu penso em mulheridade e o que eu venho estudando e conversando com pessoas trans sobre a terminologia, eu penso nos aspectos socioculturais que são relacionados ao feminino.”
“Quando a gente pensa sobre esse viés, a gente acaba vendo as violências que os homens trans sofrem quando eles são tratados a partir de mulheridades que a sociedade impõe para eles. A presença do órgão genital feminino já é um aspecto lido pela sociedade como pertencente ao gênero mulher e aí esses homens trans acabam sofrendo diversos tipos de violência nos atendimentos médicos, por exemplo.”
“Então, mulheridades eu localizo nesses aspectos de pessoas que já viveram as mulheridades ou que já viveram as mulheridades”, explica Renata, reforçando que as oficinas querem reunir mulheres e homens trans.
Integrado à comunidade e à rede de serviços de qualidade de vida e proteção à mulher e às pessoas LGBTQIA+, o projeto estabelece parceria com o Coletivo Ciranda da Paz na divulgação e realização das oficinas no Jardim Nossa Senhora da Paz, com a Vila Cultural Canto do MARL, que reúne artistas de rua de Londrina, e com as secretarias municipais de Políticas para as Mulheres, de Assistência Social e do Idoso.
(Com informações da assessoria de comunicação)
Fonte: Redação Lume