Cerca de 90 mil estudantes podem ficar sem aula nos próximos dias
Nesta segunda-feira (15) docentes universidades estaduais do Paraná iniciaram greve por conta da defasagem salarial, que chega a 42% em sete anos, de acordo com os sindicatos que representam a categoria.
Em greve estão professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Unespar e Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). As universidades estaduais de Ponta Grossa e Maringá mantêm paralisação das atividades e a Universidade Estadual Centro Oeste (Unicentro) deve realizar assembleia com os docentes na quarta-feira (17).
Além da reposição salarial, outro problema, de acordo como o Comando Sindical Docente, é que o orçamento das universidades estaduais caiu de R$ 3,5 bilhões em 2016 para R$2,9 bilhões em 2022.
Atualmente as sete universidades estaduais do Paraná têm mais de 90 mil estudantes. A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), disse ao Plural que considera a greve precipitada.
O Governo do Estado estava ciente da possibilidade da greve desde o dia 11 de abril, quando houve paralisações em diversas universidades e assembleias que aprovaram indicativos em algumas delas, incluindo a UEL e a Unespar.
Mesmo assim, alegam os sindicalistas, não houve negociação com Ratinho Jr., por isso foi deflagrada a greve. Sobre a falta de diálogo, a Seti divulgou uma nota na qual defende que há diálogo. “A Secretaria (…) tem discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias. A proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários”, diz o texto.
Fonte: Jornal Plural