Movimento Justiça por Almas – Mães de Luto em Luta cobra providências para controle da letalidade policial do Paraná
O Movimento Justiça por Almas – Mães de Luto em Luta, que representa familiares de mortos pela polícia, vai participar do 29º Grito dos Excluídos, neste dia 7 de setembro. A manifestação terá concentração às 8h30 da manhã, no Coreto do Calçadão de Londrina.
O movimento vem ampliando suas atividades e realizando ao menos um protesto a cada 30 dias para lembrar aniversários de nascimento ou de morte dessas pessoas.
O Justiça por Almas também busca atuar em conjunto com outras organizações do Estado que lutam com o mesmo objetivo: fazer justiça pelos mortos e cobrar que o governo do Estado tome medidas para controlar a letalidade policial.
Nos dias 8 e 9 de agosto, manifestantes acompanharam o julgamento do PM acusado de matar Jadson José de Oliveira, de 16 anos, em Sarandi, conforme mostra foto em destaque nesta página. No dia 16 de agosto, o Movimento esteve em audiência pública na Assembleia Legislativa, em Curitiba.
Um dos homenageados desta quinta-feira será Fábio Bratek, que completaria 34 anos no feriado. Ele foi morto dia 15 de março de 2022 pela Polícia Militar no Jardim Paulista (zona norte), em Londrina. Segundo a esposa, Ana Caroline Mariz, 27 anos, a polícia foi ao bairro, onde ela morava com o marido e os dois filhos (4 e 6 anos), em busca do irmão de Fábio, o Sérgio Bratek, que estava foragido. E acabou perseguindo e matando a pessoa errada. Saiba mais sobre o caso de Fábrio Bratek clicando aqui.
Outro londrinense, Wandernilson Ricci, também será lembrado neste Grito dos Excluídos. Ele foi morto numa alegada perseguição de carro pela PM, dia 21 de setembro do ano passado.
A jovem Ketlyn Karoline dos Santos Ricci, de 24 anos, conta que o pai havia recebido várias ameaças de policiais e acredita que ele tenha sido executado. Leia mais.
O movimento Justiça por Almas também vai homenagear o curitibano Mateus Noga, morto com apenas 22 anos pela Guarda Municipal quando comemorava a aprovação na prova do Detran, no Largo da Ordem, na Capital. A família não se conforma de o responsável pelos tiros que acertaram o jovem ainda estar solto (saiba mais).
Paulo Ricardo Aparecido da Silva faria 33 anos no próximo dia 13. Ele foi morto junto com o cunhado Caio Dias de Melo, em 22 de junho do ano passado. Ambos estavam foragidos. Mas a mulher de Paulo assegura que a polícia abordou o marido mais de uma vez anteriormente e não o prendeu. Clique aqui e saiba mais.
No vídeo abaixo, a manifestação do dia15 de junho de 2023, na Vila Recreio, onde foi morto o adolescente Davi Gregório Ferraz dos Santos, aos 15 anos.
Fonte: Rede Lume