Operação Mar Vermelho aponta que parentes de uma ex-vereadora de Bela Vista do Paraíso contrataram os oficiais da Rotam para fazer a emboscada contra os dois homens
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público ofereceu denúncia criminal por homicídio qualificado contra sete pessoas investigadas a partir da segunda fase da Operação Mar Vermelho. Entre os denunciados, estão quatro policiais militares que atuavam na Rotam de Ibiporã.
A denúncia é sobre um crime que aconteceu em setembro de 2021. A operação apurou que parentes de uma ex-vereadora de Bela Vista do Paraíso contrataram os policiais militares para executar os dois agiotas. Esses particulares contraíram uma dívida de R$ 180 mil e estavam sendo pressionados pelo pagamento. Para acabar com a pressão, eles armaram uma emboscada.
O promotor do Gaeco Leandro Antunes ainda explica que para ocultar o crime de homicídio, os oficiais da Rotam simularam um confronto.
O segundo agiota saiu do local em outro carro e por isso acabou não sendo abordado pelos policiais.
Outra descoberta da investigação é que os policiais estiveram em um estabelecimento comercial e determinaram que as câmeras de monitoramento fossem desligadas, para evitar que a ação criminosa fosse gravada.
Os quatro PM’s já estavam sendo investigados por outros crimes e e foram presos na 2ª fase da Operação Mar Vermelho na última quarta-feira, dia 6.
As sete pessoas foram denunciadas por homicídio com três qualificadores (mediante promessa de recompensa, com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e com emprego de arma de fogo de uso restrito)
O Ministério Público solicita também na denúncia a fixação de danos materiais e morais à família da vítima e a fixação de danos morais ao Estado, em razão da utilização de viatura, equipamentos e armas da Polícia Militar para cometer o homicídio.
As investigações contaram com a colaboração premiada de um dos envolvidos na operação.
Fonte: CBN Londrina