FUP reconhece que o governo federal queria mais celeridade na retomada do papel da empresa para investimentos
“Em teoria, é para melhorar. Magda Chambriard tem visão melhor e ela é mais progressista. Nossa opinião é Prates caiu porque não atendeu as expectativas do governo. Não deu conta”, afirma Eder Umbelino, petroquímico da planta da Fafen e do Sindiquímica, cuja categoria aguarda ansiosa a reabertura e recontratação por parte da empresa.
Para ele, a visão na categoria é de que a ação não atrapalha o processo de retomada da empresa produtora de fertilizantes. “Houve preocupação que fosse travar o processo de reabertura, com prazo apertado. Mas, a princípio, o conselho aprovou rapidamente o nome da presidente e reunião nossa com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) se mantém.
No fundo, a avaliação é de que a BR não deve se portar como empresa privada. “Mas como uma empresa estatal de verdade, que gere riqueza para o país. Que gere políticas públicas”, afirma Umbelino.
Avaliação geral
Na mídia e na opinião pública, de forma geral a categoria petroleira, representada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa mais de 100 mil trabalhadores do setor, respeita a retomada social da Petrobrás feita por Jean Paul Prates, porém reconhece que o governo federal queria mais celeridade na retomada do papel da empresa para investimentos e indução da economia.
Além da reabertura de fábricas de fertilizantes, a FUP pedia também avanços nas obras da Gaslub (RJ). Também, de acordo com a repercussão na mídia, houve críticas ao fato de, na avaliação da federação, Prates não ter apresentado “projeto robusto” de produção de energias solar e eólica e combustíveis verdes.
Mais força para implementar um programa
Reunida no dia de hoje (20), a direção do Sindipetro do Paraná e Santa Catarina faz a mesma avaliação, de que a mudança no comanda da estatal não compromete a pauta. E defendem que abre-se uma possibilidade de maior cobrança para a implementação de um programa que a empresa deve cumprir, de medidas nacionais, ambientais e para a indústria.
“A FUP toda se reuniu no sábado, o presidente participou, a princípio não muda nada, o negócio está quase fechado, com a audiência no TST, na quarta. A princípio a Magda Chambriard não vai afetar o projeto do governo na Petrobrás. O projeto é o refino no Brasil, para ser autossuficiente, investimento em conteúdo local, para estaleiros e navios, transição energética, e as novas fronteiras de exploração do petróleo, estes são os nossos pontos que devem ser cumpridos. Prates sinalizou para ele, mas talvez a nova presidente tenha mais força para implementar o programa”, afirma Thiago Olivetti, da direção do Sindipetro.
Fonte: Brasil de Fato