Os índices positivos só foram alcançados graças ao trabalho incansável dos(as) educadores(as)
O Ministério da Educação (MEC), junto ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), publicou na última quarta-feira (14), os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023. Novamente o Paraná alcançou o maior índice dos estados nas três etapas de ensino.
Segundo o índice, o Paraná alcançou a nota de 6,7 do 1º ao 5º ano, 5,5 do 6º ao 9º do ensino fundamental e 4,3 no Ensino Médio. O Ensino Médio foi o único que não atingiu a meta nacional, que era de 5,2.
Embora os resultados sejam divulgados como a menina dos olhos de Ratinho Jr, é importante ressaltar que os índices positivos só foram alcançados graças ao trabalho incansável dos(as) educadores(as), que mesmo sobre incessantes ataques continuaram a lutar por uma educação pública de qualidade.
Desde que assumiu o governo, Ratinho Jr, junto com o ex-secretário de Educação, Renato Feder, e agora Roni Miranda, estabeleceu uma política pautada em atingir índices positivos no IDEB, mesmo que custasse a saúde mental de trabalhadores(as) da educação.
Para isso, artifícios como o Prova Paraná, tutorias, o famigerado “Se Liga”, “Presente Paraná” ou “Professor Diamante” foram criados para garantir que as escolas aumentassem as taxas de aprovação. Vale ressaltar, que o Prova Paraná não passa de um treinamento para as provas do SAEB.
A APP sempre se posicionou contrária às políticas do governador e da Secretaria de Educação, que conduz um projeto educacional pautado na meritocracia e no ranqueamento.
“Foi desenvolvido um sistema de recompensas para as instituições educacionais que atendem aos melhores índices de presença e nota (aos diretores). Embora sejam políticas centradas nos resultados, elas resultaram em adoecimento da categoria e falta de autonomia das escolas”, reforça a secretária Educacional da APP, Margleyse dos Santos.
O Sindicato ressalta ainda que como o IDEB continua melhorando nas escolas, o Paraná não precisa de empresas gerenciando os espaços escolares.
“Enfatizamos que não é necessário que empresas sejam inseridas no sistema educacional a partir do Programa Parceiro da Escola. Temos professores qualificados e que precisam, além de serem os melhores, receber um salário justo, de acordo com as legislações não obedecidas, como a lei do Piso Nacional”, completa a secretária.
A APP seguirá monitorando os resultados por escola e publicizará dados importantes para que novas reflexões sejam feitas, auxiliando na construção de uma “Outra Educação”. A escola pública de qualidade é uma defesa intransigente do Sindicato e por isso, vamos lutar contra a mercantilização da educação. Não venda minha escola!
Fonte: APP Sindicato