Aumento no interesse por bens duráveis contrasta com a queda na renda e a falta de perspectiva profissional
O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a crescer no Paraná. Após redução, o índice aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), subiu 2,5% em agosto, somando 95,7 pontos. O patamar é inferior à média nacional, que ficou em 102,2 pontos, e por estar abaixo de 100 pontos indica a insatisfação dos consumidores do estado.
De acordo com Rodrigo Schmidt, coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, entre os fatores avaliados, a predisposição em comprar bens duráveis (Momento para Duráveis) foi o que mais cresceu, com 10,8%.
Para os paranaenses, o Acesso ao crédito também está melhor do que em igual período do ano passado, com alta de 4,7%. O aspecto Nível de Consumo Atual cresceu 4,3% de julho para agosto, bem como Emprego Atual, com aumento de 3,1%. A Perspectiva Profissional melhorou 1,0% em relação ao mês passado e a Perspectiva de Consumo ficou no mesmo patamar de julho. Já a Renda Atual caiu -1,2% na comparação de agosto com julho.
O ICF é menor entre as famílias de menor renda e marca 93,6 pontos em agosto, com alta de 2,6% em relação a julho. Entre as famílias de maior poder aquisitivo o índice é de 105,3 pontos, com crescimento de 2,3% na variação mensal.
Na comparação com agosto de 2023, somente fator Momento para Duráveis apresentou elevação de 26,1%. Os demais tiveram redução, sobretudo Perspectiva de Consumo (-8,1%), Perspectiva Profissional (-7,8%), Emprego Atual (-7,7%) e Acesso ao crédito (-7,7%). O maior problema, na visão dos consumidores não é tanto a renda, mas a falta de perspectiva profissional e insegurança no emprego frente igual período do ano passado, o que afeta consideravelmente a propensão em consumir.
Fonte: CBN Londrina