IPCA, que mede a inflação oficial do país, avançou 0,44% em setembro. No acumulado do ano, a alta é de 3,31%
O mamão e a laranja-pêra foram os vilões da inflação em setembro, com altas de 10,34% e 10,02%, respectivamente. Também tiveram altas consideráveis o café moído (4,02%) e o contrafilé (3,79%). Enquanto isso, os preços da cebola (-16,95%), do tomate (-6,58%) e da batata inglesa (-6,56%) recuaram em setembro.
A alta da alimentação dentro de casa foi uma das responsáveis pelo crescimento da inflação em setembro. A alimentação no domicílio apresentou alta de 0,56%, após dois meses consecutivos de quedas. A alimentação fora do domicílio ficou em 0,34%.
Os dados sobre a inflação no país, medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foram divulgados na manhã desta quarta-feira (9/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o instituto, a forte estiagem e o clima seco foram os fatores que contribuíram para a queda da oferta de alimentos.
“É importante lembrar que tivemos quedas observadas ao longo de quase todo o primeiro semestre de 2024, com alto número de abates. Agora, o período de entressafras está sendo intensificado pela questão climática”, explicou André Almeida, gerente da pesquisa.
Com os dados da inflação, o Brasil tem inflação acumulada de 4,42% nos últimos 12 meses. No acumulado do ano, a alta é de 3,31%. Com isso, o número está dentro da meta de inflação estipulada para 2024, cujo centro é 3%, com teto até 4,5%.
Energia também pressionou
Além do grupo de alimentação, o IBGE destacou que a alta da energia elétrica também pressionou. Isso porque em setembro passou a entrar em vigência a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$4,463 a cada 100kwh consumidos.
“A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, por causa do nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta”, analisou o gerente da pesquisa.
Segundo o IBGE, influenciaram os reajustes tarifários para cima em zonas de abrangência da pesquisa, como Porto Alegre (7,01%), Vitória (6,79%), São Luís (4,07%), Belém (2,79%).
Também tiveram reajustes tarifários na taxa de água e esgoto (0,08%), nas seguintes capitais: Fortaleza (1,46%), Salvador (0,36%) e Vitória (0,27%).
Fonte: Metrópoles