O saldo de oito anos da gestão Ratinho Júnior, se nada mudar, é o aumento do número de cargos comissionados no estado
É tanta Copa FIFA pra cá, Copel pra lá, Lula negociando PEC da Transição em Brasília e Bolsonaro calado, que passou batido o custo da “reforma administrativa” aprovada por Ratinho Júnior (PSD) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), no último dia 30 de novembro. A recriação de nove secretarias estaduais vai custar R$ 92,9 milhões por ano em 2023.
Pra quem está esquecido, faz quatro anos que a Alep aprovou o projeto 57/2019, do mesmo Ratinho Júnior, que diminuiu de 28 para 15 o número de secretarias estaduais, cortando 313 cargos e prometendo uma economia anual de R$ 10,5 milhões. A desculpa era a mesma busca da “eficiência” que foi dada agora, mas as contas não fecham.
Somando a suposta economia dos últimos quatro anos, daquela primeira “reforma administrativa”, dá R$ 42 milhões. Essa economia não paga nem a metade dos R$ 92,9 milhões que a recriação das secretarias vai custar em 2023 aos cofres públicos. Parece que o discurso de ajuste fiscal vai pra debaixo do tapete.
Durante a tramitação do atual projeto na Assembleia Legislativa, deputados da oposição identificaram 536 novos cargos. Se descontarmos deste número os 313 cargos anulados há quatro anos, ainda sobram 223 posições a mais. O saldo de oito anos da gestão Ratinho Júnior, se nada mudar, é o aumento do número de cargos comissionados no Paraná.
Fonte: Brasil de Fato