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FES reúne sindicalistas para fazer planejamento de 2024

A luta pela reposição salarial e a união das categorias foram amplamente discutidas durante o encontro

Os sindicatos que fazem parte do Fórum de Entidades Sindicais (FES) realizaram, nesta quarta-feira (7), na sede da APP-Sindicato (Curitiba), a primeira reunião deste ano para fazer o planejamento das ações para 2024.

Representantes de várias entidades participaram do encontro que debateu as conquistas de 2023 e as lutas em comum que devem enfrentar neste ano, sendo que a data-base foi uma das principais pautas.

“O FES tem evoluído bastante, por que mesmo nas diferenças, temos unificado nossas lutas e isso tem fortalecido as categorias”, declarou a presidenta da APP, Walkiria Mazeto.

Segundo ela, entre as pautas em comum estão a reposição salarial, aposentadorias e saúde do trabalhador.

Conjuntura política

Na análise dos dirigentes do FES, o governador Ratinho Júnior (PSD), mantém as políticas neoliberais, de estado mínimo de concessão ao grande mercado ao agronegócio, de privatizações e terceirizações.

“A política das carreiras imprimida por Ratinho tem sido eficaz uma vez que mobilizou vários setores do funcionalismo que passaram a cuidar de interesses de suas carreiras, fracionando a luta coletiva e dificultando a luta do FES”, avalia Mazeto.

Ainda no campo político, os sindicalistas acreditam que, por ser um ano de eleições, em 2024, o governador deverá atuar na cooptação dos governos municipais para manter sua política de não favorecer os projetos do campo progressista.

Conjuntura econômica

O economista e assessor do FES, Cid Cordeiro apresentou dados sobre a política de Secretaria Estadual da Fazenda (SEFA) que continua subestimando as receitas do estado. “A previsão de perda de R$ 12 bilhões no último semestre apontada pela Lei Orçamentária Anual (LOA), não se confirmou, ficando bem abaixo, em R$ 5 bilhões. Com isso o governo atuou na política de contenção de investimento de receitas que nunca se verificou nestes anos do governo de Ratinho”, explicou Cordeiro.

Segundo o economista, mesmo com a queda de 5% na arrecadação do ICMS, houve uma recuperação das receitas em julho com aumento de 2,8% da arrecadação. “Mesmo com o cenário de incertezas, o governo desconsiderou a SEFA e optou em fazer os planos de carreiras dos servidores porque não aplicou os reajustes lineares e os salários ficaram muito baixos”, adverte.

Desafios para o primeiro semestre

Os membros FES consideram fundamental a retomada de novas ações conjuntas visando a retomada da unificação das categorias; mobilização permanente para garantir a data-base que o governo ainda deve aos servidores que hoje está em 34% de defasagem; enfrentamento a posição do governo em oferecer renúncia fiscal aos empresários e ao agronegócio; lutar pela realização de concursos públicos, pelos aposentados e contra a política de privatização e terceirização.

O presidente da Assuel Sindicato, Marcelo Seabra participou da reunião de planejamento do FES e acredita que é preciso fortalecer a união entre as categorias. “Foi um momento importante para nos situar e direcionar as próximas ações. Nossa expectativa é conseguir melhorar os salários dos servidores operacionais que foram prejudicados com o último plano de carreira do governo a garantir a o pagamento da data-base no mês de maio”, defendeu Seabra.

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