A UEL (Universidade Estadual de Londrina) abriu três editais para a execução de obras de acessibilidade a serem realizadas no Calçadão e nos centros de Letras e Ciências Humanas (CLCH) e de Ciências Biológicas (CCB) para melhorar a condição de cadeirantes e de pessoas com mobilidade reduzida ou comprometida que circulam no campus universitário. O valor a ser investido é R$1,74 milhão nos três lotes. A expectativa é de que as obras sejam concluídas já no primeiro semestre deste ano.
Segundo o assessor para projetos estratégicos da Proplan (Pró-Reitoria de Planejamento), Gilson Bergoc, as três obras serão executadas em pontos considerados de grande circulação de pedestres. Os três editais pretendem eliminar barreiras arquitetônicas e que obrigam cadeirantes, por exemplo, a percorrerem distâncias maiores que as demais pessoas para ter acesso a determinados locais.
Os recursos de mais de R$1,7 milhão são provenientes do Tesouro do Estado do Paraná e foram obtidos na negociação da folha de pagamento da UEL para o Banco do Brasil. A alocação para a acessibilidade foi discutida e aprovada pelo Conselho de Administração de 2018-2022.
CALÇADÃO
Uma das obras prevê a acessibilidade em toda a extensão do Calçadão (sentido Reitoria/Cesa) e no trecho que faz a ligação entre os centros de Ciências Exatas (CCE) e de Ciências Agrárias (CCA). O projeto cria uma faixa com piso adequado, que deverá ser transitável para cadeirantes e pessoas com limitações físicas, de acordo com a NBR-9050, que normatiza a acessibilidade nas edificações, mobiliário, equipamentos e espaços urbanos e rurais. As obras preveem mais de 2 mil m² de área total, a partir de uma faixa de concreto com 1,5 metro de largura. O projeto contempla ainda adequações nas escadarias do percurso.
Segundo Bergoc, o projeto, aparentemente simples, demandou três anos de trabalho da arquiteta Ângela César, que atuava junto à Divisão de Desenvolvimento Físico da Proplan. Foi preciso realizar um levantamento meticuloso dos detalhes e das barreiras arquitetônicas de toda a área do Calçadão. O projeto está em fase final de licitação e a ordem de serviço deve ser assinada em março. O contrato prevê 90 dias para conclusão da obra, orçada em R$1,26 milhão.
RAMPA DO CLCH
O outro edital, que já está na fase de assinatura de contrato e tem investimento de cerca de R$ 180 mil, prevê a construção de uma rampa de acesso em formato de X no CLCH. A obra vai interligar o nível dos blocos onde se localizam os anfiteatros, o Labted (Laboratório de Tecnologia Educacional) e o bloco onde ficam as secretarias dos cursos de graduação e de pós-graduação.
O projeto arquitetônico, desenvolvido por Bergoc, busca reduzir o percurso e, ao mesmo tempo, ajudar pessoas com limitações e toda a comunidade que utiliza o CLCH na circulação entre os espaços de aula e administrativos. Segundo ele, a rampa cobre um desnível entre dois e quatro metros de altura. “São caminhos utilizados por muita gente e que poderão ser feito por uma rampa suave”, define.
PASSARELA DO CCB
O terceiro edital está em fase de assinatura de contrato, com investimento de R$ 294 mil. O projeto contempla a construção de uma passarela coberta e iluminada, de 109 metros de extensão por dois de largura, para ligar o bloco dos auditórios do CCB e a Central de Salas. Por ser uma obra mais detalhada, que inclui luz e cobertura, o prazo de execução previsto será de 120 dias. De acordo com Gilson, a obra também prevê alguns ajustes no terreno.
Ele explica que anteriormente a Administração da UEL realizou adequações para melhorar o acesso em diversos locais, como os centros de estudos, sanitários, a eliminação de desníveis nas portas de salas de aula e instalação de elevadores.
Para a reitora da UEL, Marta Favaro, é uma responsabilidade social da universidade adaptar os espaços para atender de forma adequada os estudantes com deficiência ou com dificuldade de mobilidade.
NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE
De acordo com informações do Núcleo de Acessibilidade, da Pró-Reitoria de Graduação, são 13 estudantes que apresentam alguma deficiência física e necessitam de acessibilidade. Os casos contabilizados representam apenas os estudantes que buscaram apoio do órgão. A cada ano, no entanto, vem sendo sendo observado o aumento da demanda de acessibilidade e de obras de adaptação. (Com informações da Agência UEL)
Fonte: Redação Folha de Londrina