Usina, com outorga estimada em mais de R$ 3 bilhões, é o principal ativo da Copel e deve aumentar preço de estatal
O governo Ratinho Jr. (PSD) teve uma vitória no Tribunal de Contas da União (TCU), ao conseguir a aprovação da privatização de sua principal usina. Para vender a usina de Foz do Areia junto com a companhia, era preciso ampliar a outorga, caso contrário o governo federal passaria a ser dono da hidrelétrica a partir do ano que vem.
O entendimento do TCU tem sido que, em caso de privatização, as usinas podem ter suas outorgas renovadas antecipadamente, para serem incluídas no pacote vendido. Com isso, a Copel deve valer mais caso realmente o governo consiga levar adiante a tentativa de transformação em “Corporation” – um modelo de privatização em que nenhum dos sócios pode ter mais de 10% das ações.
A renovação da outorga de Foz do Areia, segundo relatou o próprio governo do estado, tinha custo estimado entre R$3 bilhões e R$ 4 bilhões. “Com 1.667 megawatts (MW) de potência, a hidrelétrica localizada na cidade de Pinhão (centro-sul do Paraná) representa um terço de toda capacidade instalada da Copel”, dizia o texto oficial.
Hoje, o governo do Paraná é o principal acionista da Copel, com cerca de 31% das ações. No novo modelo, embora vá deter menos de um terço disso, a ideia é que o governo tenha uma “golden share”, que lhe dá certas vantagens sobre os outros donos parciais da companhia.
Fonte: Jornal Plural