Presidente de sindicato fala em concorrência desleal, defende valorização do centro e regularização dos ambulantes. Entre os frequentadores e trabalhadores do local, opiniões divididas
Foram dois dias seguidos de operações, em parceria com PM e Guarda Municipal, para retirar os ambulantes. De acordo com a CMTU, antes da fiscalização foi realizada uma investigação para identificar os vendedores sem licença e os pontos com maior concentração deles. Na tarde desta terça-feira, poucas horas depois de mais uma ação dos três órgãos, a reportagem da CBN Londrina esteve no Calçadão. Encontramos um veículo da CMTU e uma viatura da PM fazendo ronda, mas nenhum ambulante no local.
Entre os que trabalham e frequentam o espaço, opiniões divididas. A servidora pública Denise Jacob, por exemplo, aproveitou o horário de almoço para comer algo com uma amiga em um dos restaurantes do Calçadão. Apesar de reconhecer que os ambulantes tiram seu sustento dali, ela defende o comércio local e prefere um espaço livre de barracas e carrinhos.
Já Alisson da Silva, vendedor de uma loja de celulares no Calçadão, acompanhou as duas operações de retirada e diz que os ambulantes que trabalhavam no local não atrapalhavam a circulação dos pedestres, nem causavam transtornos aos comerciantes. E acredita que facilitar a regularização dos ambulantes poderia ser uma solução para o problema.
Ovhanes Gava, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região, diz que as fiscalizações no Calçadão se tornaram necessárias e foram um pedido dos comerciantes da área.
Apesar de reconhecer que é o ganha-pão deles, Gava fala em concorrência desleal, defende a valorização do centro da cidade e a regularização dos ambulantes junto à CMTU.
Fonte: CBN Londrina