Além da proteção maior e do intervalo menor entre as doses, diferencial do imunizante fabricado por laboratório japonês é que ele pode ser aplicado em quem nunca teve a doença
O país tem duas vacinas contra a dengue autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Mas, elas estão disponíveis apenas na rede privada de saúde. Uma delas é a Qdenga, do laboratório japônes Takeda Pharma, que foi aprovada pela Anvisa em março e pode ser aplicada em quem nunca entrou em contato com o vírus e em quem já teve a doença. As primeiras doses do imunizante chegaram à cidade no último sábado.
A gerente da Clínica de Vacinas da Unimed Londrina, Zenaide Leão, explica que são duas aplicações, com intervalo de três meses entre elas, e cada uma custa R$ 425. Ela diz que o imunizante japonês oferece uma proteção geral de 80% e de 90% para os casos mais graves de dengue.
A gerente da Unimed conta que a vacina vem tendo boa procura e tinha até lista de espera com 50 pessoas. O grande diferencial do imunizante, ela afirma, é o fato dele ser indicado para quem nunca teve a doença.
A outra vacina contra a dengue autorizada no Brasil é a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofil. O preço da dose é um pouco mais baixo, mas, só pode tomar o imunizante quem já teve a doença. Outra restrição é a idade. A vacina está liberada apenas para quem tem entre 9 e 45 anos.
Zenaide Leão explica que o imunizante do laboratório francês oferece uma proteção um pouco menor, 67% para os quatro tipos do vírus, e é mais barata, apesar de ter uma dose a mais. Mas, segundo ela, ajuda a reduzir as internações e os casos mais graves nas reinfecções.
A gerente da Unimed explica ainda que os valores podem ser parcelados em até 10 vezes. No caso da Qdenga, a vacina japonesa, os maiores de 60 anos só podem tomar o imunizante com receita médica.
Fonte: CBN Londrina