Em passagem pela região de Londrina, o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, se mostrou preocupado com a situação da dengue no Paraná. Com a doença avançando até no inverno, o médico não descarta a possibilidade de uma “explosão de casos” com a chegada dos meses mais quentes e com maior quantidade de chuvas. Em visita à Folha de Londrina, o secretário também destacou a obra de reforma e ampliação da Santa Casa de Cambé e os projetos para a construção de pelo menos cinco UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) na região.
Com o início de um novo período epidemiológico da dengue no final do mês de julho, que segue até julho de 2024, a preocupação é de que com a entrada da primavera e do verão, que são meses mais quentes e chuvosos, o número de casos possa disparar. Beto Preto ressalta que o ano de 2023 contou com um agravante, que foi a confirmação de muitos casos no inverno. Segundo ele, o número costuma cair a partir de março e abril, o que não aconteceu neste ano. Nos últimos 12 meses, foram confirmados mais de 135 mil casos e 108 mortes.
“Isso nos deixa preocupados porque se essa situação está chegando até o inverno, no verão pode haver uma explosão de casos”, afirmou. De acordo com o médico, o Estado está há quase um ano sem veneno contra o Aedes aegypti. Ele detalha que ações profiláticas e de prevenção são essenciais, mas que a população também precisa do veneno, que mata os mosquitos adultos. “[O veneno] traz um fator psicológico de que as pessoas, ao verem alguém passando, elas começam a se cuidar mais”, explicou.
O secretário explica que o pedido já foi feito ao governo federal e, agora, aguarda a chegada do veneno para começar com as campanhas, acrescentando que já foi feito um trabalho de capacitação dos agentes.
Ele reforça que a população precisa continuar pensando no combate à dengue de forma comunitária: “É cuidar do seu quintal e do quintal do vizinho, que também tem que cuidar do seu, e vocês dois juntos têm que cuidar da praça perto da casa de vocês”.
Fonte: Portal Bonde