Ao fim do processo de redução de pessoal a ex-estatal terá metade dos funcionários que tinha em 2010. Gasto com indenizações será 47% superior ao previsto
Recém privatizada a Copel anunciou que 1437 funcionários da empresa aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV). A iniciativa que havia previsto inicialmente R$ 300 milhões em indenizações terá R$ 441 milhões pagos em valores que começam em R$ 150 mil para cada empregado demitido. Além da indenização os funcionários irão receber a multa de 40% sobre o FGTS e o subsídio mensal referente ao plano de saúde e do auxílio alimentação por doze meses.
O valor gasto com as indenizações será 47% maior que o previsto inicialmente, o que indica a adesão de profissionais com maiores salários e, portanto, maiores indenizações. Considerando as despesas com a multa do FGTS e demais incentivos a empresa gastará um total estimado de R$ 610 milhões com a demissão dos funcionários que aderiram ao PDV. A Copel informou que espera economizar R$ 428 milhões por ano com as demissões.
Se todas as adesões forem confirmadas, a Copel passará a ter 4,3 mil funcionários. A empresa começou 2023 com 5,8 mil funcionários, um total já 31% menor que o total de funcionários em 2010 (8,4 mil pessoas). Com o novo PDV a empresa passará a ser metade do que era há menos de 15 anos.
A Copel foi privatizada em agosto deste ano após o Governo do Paraná vender parte de suas ações e abrir mão do controle da empresa. Sob a gestão de Ratinho Junior (PSD) o Paraná vendeu a Copel Telecom e a Copel e está vendendo a Compagás.
Fonte: Jornal Plural