Fontes do governo afirmaram que agosto é o mês mais provável para a aplicação das provas do CNU, após a suspensão por tempo indeterminado
Após mais de 15 dias sem respostas, os 2,1 milhões de candidatos do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), conhecido como “Enem dos Concursos”, poderão conhecer a nova data do certame ainda nesta semana.
Às vésperas das provas, em 3 de maio, o governo federal anunciou o adiamento do concurso unificado em todo o Brasil devido ao estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul, afetado por uma das maiores tragédias socioambientais do país.
A primeira edição do concurso seria realizada no primeiro domingo de maio (5/5).
“Em razão da calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país. A nova data será anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional”, destaca a nota do governo.
Para definir a nova data do CNU, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) segue conversando com a Fundação Cesgranrio, banca organizadora. A pasta também precisa informar o novo calendário do certame. A etapa de convocação para posse e realização de cursos de formação, por exemplo, começaria em 5 de agosto.
Fontes do MGI afirmaram à reportagem que o mês mais provável para a aplicação das provas do concurso unificado, após a suspensão por tempo indeterminado, é o de agosto, em um dos quatro domingos daquele mês.
Mesmas provas
A ideia, segundo a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é manter as mesmas provas que haviam sido distribuídas a 65% dos 228 municípios até o dia 3 de maio, quando foi confirmado o adiamento. Diferentemente do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que já é aplicado há mais de 20 anos, o CNU não conta com um banco de questões, pois esta é a primeira edição do modelo.
Caso a prova seja bem-sucedida, o governo prevê sua repetição, com a realização de, pelo menos, mais uma edição do certame unificado até o fim do atual mandato do presidente Lula. Agora, há quem se preocupe com um possível arranhão na credibilidade do modelo.
Fonte: Metrópoles