Ademar Traiano chamou educadores de vândalos e falou que projeto de terceirização da gestão das escolas é “processo de inovação”
A Polícia Civil (PC) vai usar imagens do circuito de segurança da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para investigar educadores e estudantes que ocuparam a Casa antes da votação do projeto que terceirizou a gestão escolar em mais de 200 unidades do Estado.
A ocupação ocorreu no último dia 3, após grandes protestos em todo Paraná. Somente em Curitiba mais de 10 mil pessoas participaram dos atos, de acordo com a APP-Sindicato.
O projeto de lei do governo Ratinho Jr. (PSD) foi rejeitado pelos servidores públicos da educação, contudo, não houve dificuldades para aprovação na Alep, já que o governador mantém ampla maioria da Casa.
No intuito de atrasar a votação ou retirar o projeto da pauta, educadores entraram no plenário. Devido ao grande número de pessoas vidros foram quebrados e, segundo a Comissão Executiva da Alep, foram registrados outros danos.
O presidente da Alep, Ademar Traiano (PSD), determinou que a Procuradoria Jurídica da Alep “adote medidas” contra os ocupantes e classificou o protesto como um “ato antidemocrático”. “Esse tipo de atitude de invasão não se recomenda. São vândalos que não aceitam o processo de inovação visando a melhoria da educação do Estado do Paraná”, afirmou.
O levantamento prévio indica que foram quebrados vidros e portas de acesso ao plenário, além do arrombamento do portão e a depredação de cadeiras. Três pessoas detidas durante a ação irão responder criminalmente por dano ao patrimônio público.
Fonte: Jornal Plural