Trabalhadores da ArcelorMittal exigem medidas imediatas de saúde e segurança em ação global promovida pela IndustriALL Global Union
Sindicatos brasileiros que possuem trabalhadores da multinacional siderúrgica ArcelorMittal fizeram parte de uma ação global d rede mundial de trabalhadores da empresa que exigiu medidas imediatas para priorizar a saúde e a segurança dos companheiros e companheiras no chão de fábrica.
A atividade foi organizada pela IndustriALL Global Union, na última sexta-feira (13).
Uma das ações ocorreu em João Monlevade (MG), onde um boletim informativo foi entregue na portaria da unidade local da Arcelor.
Em Belo Horizonte (MG) houve também um ato e panfletagem em frente ao escritório latino-americano da empresa, com participação do Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade, do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem e da CUT Vale do Aço.
Entre 2012 e 2023, foram relatadas 314 mortes de trabalhadores e trabalhadoras nas plantas da empresa pelo mundo, além de milhares de outras ocorrências estimadas como acidentes e ferimentos no local de trabalho.
Para um dos coordenadores do segmento siderúrgico da CNM/CUT, Fábio Piontkwski, esse tipo de ação expõe a empresa à opinião pública e gera repercussão, porém, na atividade sindical do dia a dia, é preciso ir além.
“A empresa só passará mesmo a valorizar na prática a saúde do trabalhador quando começarmos a parar as plantas no momento em que houver acidentes. Do meu ponto de vista, a impressão que se tem de uma multinacional como é a Arcelor, é que eles só ligam se doer no bolso deles”, opina Fábio.
O secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Maicon Michel Vasconcellos, valoriza a mobilização do comitê mundial de trabalhadores da Arcelor e lamenta que a fábrica não dê atenção suficiente aos alertas dos trabalhadores sobre o número de acidentes e mortes ocorridos nos últimos anos.
“Esse dia de ação global da ArcelorMittal é uma resposta a classe trabalhadora de todos os desmandos que têm sido feitos pela direção da empresa, que hoje tem dado pouca atenção às vidas dos trabalhadores e trabalhadoras. E é crucial que se a empresa não mudar sua atitude em relação à segurança e o bem-estar dos trabalhadores essa ação tem que se intensificar no mundo todo, quem sabe até escalar até uma greve geral mundial”, afirma Maicon.
Fonte: Rádio Peão Brasil