Faz exatamente um ano que a farmacêutica e professora universitária aposentada Marly Ideriha Modenuti descobriu o câncer de mama. “Fui fazer meu exame preventivo. Logo em seguida descobri que estava com câncer na fase inicial”, relembrou. Com a identificação precoce, a londrinense começou o tratamento, que incluiu a mastectomia e a quimioterapia, procedimentos realizados no HCL (Hospital do Câncer de Londrina). “Ocorreu tudo bem. Só tenho a agradecer ao hospital, porque sempre fui tratada com carinho e respeito”, valorizou.
Para que mais mulheres tenham a oportunidade da cura – em caso de diagnóstico do câncer de mama -, o hospital lançou nesta terça-feira (1º) a campanha Outubro Rosa deste ano, com foco na prevenção. “Se a mulher for diagnosticada na fase um e dois a chance de cura é de praticamente 100%, pois, hoje o câncer é curável. No entanto, se não cuidar e já estiver no estágio quatro, por exemplo, se torna mais difícil, porque pode ter metástase, além de outras dificuldades”, advertiu Mara Fernandes, diretora da instituição.
O câncer de mama representa cerca de um terço dos atendimentos da unidade. “É um volume muito grande. Se pensarmos na população em geral, chega a quase 10% de todas as mulheres”, alertou o médico Gustavo Gobetti, diretor clínico do HCL. A cada ano, aproximadamente 60 mil brasileiras são diagnosticadas com câncer de mama, segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia. Cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos de idade.
Por isso, o especialista frisou que a atenção da mulher deve começar em casa. “A mulher precisa fazer o autoexame e perceber se tem algum nódulo na mama, afundamento, alteração da pele, a pele mais mais engrossada, mais rugosa. Tanto na região da mama, quanto da axila. Esses são os principais sinais e sintomas (da doença)”, orientou o cirurgião oncológico. O Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima que 17% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como a prática de atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o cigarro.
Buscar consultas preventivas no posto ou clínica é outro caminho para identificar qualquer alteração ainda no primeiro estágio. “Quanto mais cedo for o diagnóstico, maior a possibilidade de ter uma cirurgia menos mutilante, um tratamento muito mais fácil. Têm casos que conseguimos abrir mão até mesmo da quimioterapia. É um tratamento mais assertivo quando está no começo”, reforçou.
Fonte: O Bonde