Atos “Sem Anistia” ocorreram em mais de 40 cidades brasileiras
Milhares de pessoas foram às ruas, nesta terça-feira (10), em mais de 40 cidades do norte ao sul do país para participarem dos atos “Sem Anistia”. Os manifestantes pediram a punição para os que tentaram dar um golpe de Estado, além de planejarem os assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
No ato organizado pela CUT e as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, e outros movimentos sociais, no final da tarde, embaixo de chuva, na Avenida Paulista, em São Paulo, o secretário de Relações do Trabalho, da CUT Brasil, Sérgio Antiqueira declarou que a sociedade não tolera mais nenhum tipo de anistia.
“O Brasil já é refém disso, golpe após golpe. Então, a gente não pode permitir que esse criminoso, que é o Bolsonaro, a quadrilha dele, os militares envolvidos, de todo o staff dele promovam um golpe no Brasil, e para que isso não aconteça de novo a gente precisa deixar um recado: sem anistia!”
O dirigente também destacou que os trabalhadores e trabalhadoras querem colocar em debate no Congresso Nacional o fim das 6×1, a isenção do imposto de renda, e que o ajuste fiscal recaia sobre os mais ricos, e não sobre o mais pobres.
“O mercado financeiro está fazendo pressão contra o governo Lula, e a gente não pode deixar o governo Lula refém do mercado, dos banqueiros, e do agronegócio. Nós temos que fazer esse enfrentamento, e é assim na rua que a gente consegue”, finalizou.
O presidente da CUT-SP, Raimundo Suzart, ressaltou a importância do ato para que fique claro que a tentativa de golpe foi orquestrada não só no 8 de janeiro, mas que o golpe vinha há dois anos sendo orquestrado, planejado para que quando o presidente Lula ganhasse as eleições não tomasse posse.
“Eles arquitetaram a morte, o assassinato do presidente da República. Eles arquitetaram o assassinato do ministro do Supremo, do vice-presidente. Portanto, nós precisamos avisar. Golpe, não vai ter anistia; prisão aos golpistas”, declarou.
O dirigente alertou ainda que o ato de hoje só foi possível porque não teve um golpe, porque se tivesse, muitos dos companheiros estariam presos, estariam mortos.
“Por tudo isso é muito importante a gente vir para as ruas, lutar e dizer, não vai ter golpe, não vai ter anistia. Viva a luta da classe trabalhadora, viva a luta na unidade. Juntos somos fortes e vamos caminhar juntos para dizer, viva a democracia do Brasil e do nosso país, viva o presidente Lula. Saúde, presidente Lula, que logo vai estar de volta em Brasília, vai continuar governando o nosso país, gerando emprego e fazendo o nosso país crescer”.
Depois dos discursos os manifestantes saíram em caminhada pela Paulista em direção ao centro da cidade.
As reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras
Nos atos organizados pela CUT e pelos movimentos Frente Brasil Popular e Povo sem Medo, além da punição aos golpistas, os manifestantes reivindicaram o fim da escala 6 X 1, com redução da jornada de trabalho sem redução de salários; a taxação dos mais ricos; a garantia de investimentos na saúde e na educação, sem redução de gastos; contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Estupro; pela redução da taxa de juros; contra o genocídio da juventude negra e valorização do salário mínimo e das aposentadorias.
Veja como foram alguns atos
Alagoas – Maceió
Pela manhã, os alagoanos saíram da Praça D. Pedro II, no Centro e caminharam pelas ruas da cidade pedindo a prisão dos golpistas, em defesa da democracia e pelo fim da escala 6 x1, entre outras reivindicações.
Bahia – Salvador
A manifestação ocorreu nas ruas do centro de Salvador com a presença das representações do movimento sindical, movimentos populares, parlamentares entre outras lideranças. Com palavras de ordem pela prisão de golpistas, o ato foi marcado com outras bandeiras de luta, PEC do estupro e fim da jornada 6 X 1.
Pernambuco – Recife:
No Parque 13 de Maio durante o ato o presidente da CUT Pernambuco, Paulo Rocha, destacou a relevância do ato em tempos de polarização política e ataques à democracia. “Hoje é um dia crucial para reafirmarmos nosso compromisso com a justiça e os direitos dos trabalhadores. Não podemos permitir que golpistas fiquem impunes, que o fundamentalismo destrua nossos direitos, ou que a exploração do trabalhador seja intensificada com jornadas desumanas como a escala 6×1”, declarou.
Piauí – Teresina
Na capital do Piauí, o Ato Unificado, organizado pela CUT, sindicatos filiados, demais centrais sindicais, movimentos sociais, populares, estudantes e lideranças políticas, teve início na Praça Rio Branco, no centro de Teresina, pela manhã. Logo após os discursos os manifestantes seguiram em caminhada pelas principais ruas do centro com destino a Praça Pedro II, onde foi encerrado.
Goiás – Goiânia
No início da tarde houve uma plenária dos movimentos populares e sindicais com apresentação do relatório de violações dos direitos humanos em Goiás, no Auditório da ADUFG sindicato. A partir das quatro da tarde os manifestantes de reuniram em frente à Procuradoria da República no Parque Lozandes.
Sergipe – Aracaju
Os manifestantes se reuniram na Praça General Valadão, no centro. Eles levaram faixas e cartazes pedindo punição para os golpistas, pelo fim da violência contra a mulher, pelo fim da escala de trabalho 6 X 1; a redução dos juros e contra os ataques que o reajuste do salário mínimo e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vêm sofrendo por parte do mercado financeiro.
Pará – Belém:
A forte chuva não foi empecilho para que os manifestantes paraenses saíssem do Largo do Redondo em caminhada pela ruas da capital, Belém, pedindo prisão para os golpistas.
Outros atos
Também houve atos em defesa da democracia ao longo do dia nas seguintes cidades:
Bahia – Itabuna: Praça Adami – 10h
Bahia – Juazeiro: Praça Dedé Caxias – 16h
Ceará – Fortaleza: Praça da Justiça Federal -15h
Distrito Federal – Brasília: Praça Zumbi (CONIC) – 11h30
Distrito Federal – Brasília: UNB (Auditório da Faculdade de Direito) – 18h
Espírito Santo – Vitória: UFES -16h
Maranhão– São Luís: Praça Deodoro – 16h
Mato Grosso – Cuiabá : Praça Ipiranga – 18h
Mato Grosso do Sul – Campo Grande: Praça Ary Coelho -17h (horário local)
Minas Gerais – Belo Horizonte: Praça Sete -18h
Minas Gerais – Juiz de Fora: Calçadão, em frente ao Banco do Brasil – 17h
Minas Gerais – Poços de Caldas: no Terminal – 17h
Paraíba – João Pessoa: Parque Solon de Lucena – 15h
Paraná – Curitiba: Praça Santos Andrade – 18h30
Paraná – Maringá: Estacionamento ao lado do Terminal Urbano – 17h30
Rio de Janeiro – Capital: Largo da Carioca -Praça XV- 16h
Rio de Janeiro – Campos dos Goytacazes: Rodoviária Roberto Silveira – 16h
Rio de Janeiro – Nova Friburgo: em frente ao IENF, Praça Demerval Barbosa – 17h
Rio Grande do Norte – Natal: calçada do Midway com caminhada até a Igreja Universal – 15h
Rio Grande do Sul – Cachoeirinha: Av.Gal. Flores da Cunha, em frente a CEF – 16h
Rio Grande do Sul – Porto Alegre: Largo dos Açorianos (Ponte de Pedra Centro Histórico) – 18h
Rio Grande do Sul – Santa Maria – Praça Saldanha Marinho -17h30
Rondônia – Porto Velho – Concentração na Av.Mamoré, bairro Esperança da Comunidade. Local do ato: Praça Esperança – zona leste- 15h30
Santa Catarina – Apiúna: na Praça da Igreja Matriz – 10h
Santa Catarina – Criciúma: na Praça Nereu Ramos – 17h
Santa Catarina – Florianópolis: em frente ao Ticen – 17h
Santa Catarina – Joinville: Praça da Cidade – 18h
Sergipe – Aracaju: Praça General Valadão, Centro – 14h
São Paulo – Campinas: Praça da Catedral – 17h
São Paulo – Franca: IPRA na Rua Diogo Feijó nº1956 – 19h30
São Paulo – Ilha Bela: Praça Elvira Estorace, Perequê, ( em frete ao Pimenta de Cheiro) – 17h
São Paulo – Osasco: Rua Antônio Agu – Calçadão – 15h
São Paulo – Ribeirão Preto: Plenário da Câmara Municipal – 18h
São Paulo – Santos: Estação da Cidadania – 17h30
São Paulo – São Sebastião: Câmara Municipal – 17h30
Internacional
Itália – Roma: Via Galilei, 57 (Ato conjunto com a Argentina in Itália por la memoria verdad justicia)
As informações serão atualizadas.
Fonte: CUT Brasil