Jorge Guaranho chegou a ficar em prisão domiciliar após governo alegar falta de infraestrutura para atender detento
Nesta quarta-feira (17) os deputados estaduais Arilson Chiorato e Tadeu Veneri, ambos do PT, vistoriaram o Complexo Médico Penal de Pinhais, onde está preso Jorge José da Rocha Guaranho, réu pelo assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda.
De acordo com os deputados, o local tem condições de abrigar o detento, que está se recuperando bem depois da internação. “O local tem plenas condições de atender o Guaranho, ele não precisa de prisão domiciliar. Há médicos, enfermeiros e tem todo suporte que ele precisa”, destacou Chiorato ao Plural.
Guaranho foi transferido para Pinhais depois da repercussão negativa da deliberação da prisão domiciliar. Ele ficou internado em Foz do Iguaçu durante um mês, porque Arruda conseguiu reagir e baleou o criminoso.
No entanto, quando recebeu alta, ele foi enviado para casa, após deferimento da Justiça a um pedido da defesa, endossado pelo Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen), que alegou falta de infraestrutura no Complexo Médico para atender ao preso.
Familiares e amigos da vítima protestaram e os advogados consideraram a decisão política. “A manutenção da prisão domiciliar de réu que cometeu crime hediondo, por intolerância política, com a violação a diretos humanos e à democracia, afronta o direito da vítima e a Justiça!”, disseram em nota os advogados Ian Martin Vargas, Paulo Henrique Zuchosvi, Daniel de Oliveira Godoy Junior e Andrea Jamur Pacheco Godoy.
Depois da repercussão, a Justiça pediu vagas em outros presídios e, por fim, Guaranho foi transferido para Pinhais, onde divide cela com outro detento. Ele se alimenta sozinho e dentro de alguns dias deve voltar a caminhar sozinho, segundo a comissão parlamentar da Assembleia Legislativa do Paraná, que acompanha o caso.
Agora os parlamentares vão preparar um relatório para ser entregue aos demais deputados com as impressões gerais da visita.
Relembre
Marcelo Arruda, 50, foi baleado no dia do seu aniversário, em 9 de julho, em Foz do Iguaçu. A festa tinha temática do PT, partido ao qual ele era filiado e chegou a concorrer ao cargo de vice-prefeito.
O policial penal Jorge Guaranho invadiu o local da festa e antes de assassinar a vítima gritou palavras de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) “aqui é mito”, entre outras.
Mesmo baleado, Arruda conseguiu reagir e atingiu o homicida, que ficou internado durante um mês até ser preso.
Marcelo Arruda deixou quatro filhos e a companheira.
Fonte: Redação Plural Curitiba